Convento do Carmo – o teto estrelado de Lisboa
Desde a Praça dos Restauradores havia visto uns arcos que me chamaram atenção. Era fácil perceber que fosse o que fosse era enorme. Parecia uma igreja, mas “não tinha teto, não tinha nada”, e eu esperava que diferentemente da “Casa” de Vinicius de Moraes ” fosse “possível entrar nela”!
Naquela tarde depois do Gulbenkian e do bitoque acabei entrando sem querer neste monumento que me atraiu à primeira vista. Chegamos sem muitas pretensões ao Convento do Carmo. Uma senhora muito simpática cobrava a entrada, eram 2,50€. Sem saber ao certo o que iríamos ver, munidos com um folheto-folha cruzamos à porta para o Museu Arqueológico do Carmo. Mas sem prévio aviso, o dia me surpreendeu pela terceira vez, não é incrível!? cheguei à minha particular “casa maluca” portuguesa.
Uma sensação muito estranha dar de cara com aquelas colunas enormes emolduradas pelo céu azul. Com aquelas rosáceas já sem vidros emolduradas pela cidade. O cérebro demora a assimilar, e talvez por isso é tão difícil avançar por aquele caminho que outrora havia sido a nave central de uma igreja gótica, que chegou a ser uma das maiores igrejas da cidade.
No começo andei meio desorientada, porque realmente era incrível olhar para cima e ver o céu que entrava sem pedir licença por todos os lados. Definitivamente, um lugar mágico, místico, espiritual, tudo junto e não necessariamente nesta ordem!
Andamos por uns vinte minutos no que sobrou da igreja, que formava parte do Convento do Carmo, fundado em 1389! A igreja um pouco depois, tudo sob às ordens de Nuno Álvares Pereira. Ele lutou com o Rei D. João I para defender a Independência de Portugal. Quando viu que já tinha cumprido sua missão, entrou para a Ordem dos Carmelitas e dedicou sua vida à religião. Louco né?! um miltar, depois frei, que no século XX acabou beatificado!
Toda a estrutura sofreu com o terremoto de 1755, e na parte meio restaurada, meio sobrevivente do convento funciona o Museu Arqueológico do Carmo. Nesta parte não se pode fotografar, é pequeno, exatamente 5 salas. Eu gostei, você vê desde objetos do Paleolítico passando por uma múmia egípcia a peças medievais. Uma das salas parece uma antiga biblioteca, outra abriga vários painéis de azulejos. Bastante diversidade em um pequeno espaço.
Ao sair, outra vez o mesmo choque. Afinal já estava escurecendo, e tudo parecia ainda mais misterioso e tinha outra cor. Outra vez passeamos por entre as colunas, e perdidos sei lá aonde, estivemos mais vinte minutos saboreando aquela igreja “que não tinha teto, não tinha quase nada”, mas que era tão poderosa e magna, que o que lhe faltava não lhe fazia falta!
Passando por detrás do Elevador de Santa Justa de caminho ao Convento do Carmo
A entrada para as ruínas e o museu
A primeira visão!
Na saída do museu
Localização: É muito fácil, fica bem perto do Elevador de Santa Justa. Se pegar o elevador, economizará a subidinha. Mas dá para subir pelas escadas ao fundo do elevador sem muitos problemas. A estação de metrô mais perto é a Baixa-Chiado.
Horários:
Das 10:00 às 18:00, de segunda a sábado, de outubro a maio
Das 10:00 às 19:00, de segunda a sábado, de junho a setembro
Tarifa: 2,50€
Site do museu: http://museusportugal.org/aap/
Importante: Para ter acesso às ruinas da igreja, é necessário pagar o bilhete ao museu.
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fotos: turomaquia_2009
Mapa: Google Maps