Guias de Viagem e Arte

 
 
jan 27 2010

Mosteiro dos Jerônimos – Patrimônio Mundial da Humanidade em Lisboa

Portal Sul. Esta pedra branca, o calcário de lióz, é mesmo linda. O portal é enorme e toda a pedra está quase que inteiramente trabalhada. São esculturas e relevos. Me sinto pequeninha. Imagine que esta nem é a porta principal.

Mosteiro dos Jerônimos

Vou caminhando para a entrada do mosteiro, a meio caminho do meu lado direito uma outra porta, menor, sou levada a atravessá-la. Tenho a sensação que estou numa espécie de caverna,  e passo por dois túmulos, um de cada lado. Repousam neste lugar o grande poeta Luís Vaz de Camões e o navegador, Vasco da Gama. Este pequeno espaço, de repente se abre e surge uma profusão de colunas brancas altíssimas e totalmente entalhadas. Olho para cima e fico zonza, o teto está lá longe e também está todo decorado com aqueles símbolos do rei que dá nome a um estilo, o manuelino. Tenho que voltar,  é a vontade ? (…) tenho que esquecer estas promessas de espiritualidade, de tranquilidade para me meter na longa fila repleta de casais, senhores, senhoras, crianças (…) Suspiro, e é só um suspiro resignado.

Mosteiro dos Jerônimos - Igreja
Mosteiro dos Jerônimos

Compradas as entradas, vou sem muita vontade até o claustro. Na minha triste ignorância penso que já nada mais me vai arrancar naquele dia um OH! Mas o tempo mais sábio, apronta das suas, e num piscar de olhos tenho diante de mim o pátio mais lindo que já vi em toda minha vida. Eu e o Tom perdidos naquele mar de beleza vamos desorientados buscando cada qual um lugar para admirar aquele edifício. Obra do mesmo rei da Torre de Belém, D. Manuel I. Todo o dinheiro para sua construção saiu da chamada “vintena da pimenta”. Um imposto criado pelo rei: 5% de todo o rei trazido da Guiné e também de todas as especiarias e pedras preciosas da Índia.
Mosteiro dos Jerônimos
Esta pequena fortuna foi capaz de erguer um mosteiro digno de anjos, mas no qual viveram até 1833 os monges da Ordem de S. Jerônimo. Mas não era de graça não, entre suas funções estavam rezar pela alma do rei e prestar assistência espiritual aos navegadores!

Mosteiro dos Jerônimos

Ainda no claustro, babando feito loucos, encontramos a Fonte do Leão. Nela os monges lavavam suas mãos antes de entrar no refeitório. Mas dizem que se você tocar na pata do bichano e pedir um desejo, ele vai se realizar (…) afinal não custa nada tentar.
Mosteiro dos Jerônimos

Cumprido mais um ritual, e deles se faz a vida, começamos a visita às salas da planta térrea, e entre elas encontro o túmulo do “tudo vale a pena …”. Terminada a planta térrea bem no lugar do antigos confessionários, vislumbro doze portinhas onde os monges confessavam aos peregrinos e marinheitos que entravam pela igreja. Os monges entravam pelo claustro e lhes separava uma grade de ferro. Bem aí encontro a escada para o andar superior.
Mosteiro dos Jerônimos
Em cima é possível aceder ao coro alto da igreja e ter outra visão do templo. Já nem sei se posso pensar em mais palavras para descrever a sensação de estar dentro deste patrimônio não só português, mas de toda a humanidade, assim proclamado pela Unesco. Outra vez resignada, tenho que deixar o coro para entrar em uma sala que conta tudo que passava em Portugal e no mundo durante os anos anteriores e posteriores à construção do mosteiro. Mas se o visitante já estiver cansado, o melhor é ver o sol amansando no horizonte e seus reflexos naquela pedra branca do claustro. Nesta hora você vai se perguntar se a visita “valeu a pena?” E inundado pela poesia do lugar, o próprio Fernando Pessoa te vai responder: “Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena”.

Mosteiro dos Jerônimos
Mosteiro dos Jerônimos
Mosteiro dos Jerônimos

Informações práticas (atualizadas 2017)
Horários:
Outubro a Abril das 10:00 às 17:30
Maio a Setembro das 10:00 às 18:30

Tarifas:
Normal: € 10
Bilhete Conjunto (Mosteiro dos Jerónimos/Torre de Belém): € 12
Entrada gratuita: domingos e feriados até às 14:00 horas
A Malu comentou no post da Torre de Belém que mostrou a carteirinha de estudante e teve entrada franca aqui e na Torre de Belém.

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fotos: turomaquia_2009