Um dia com muita névoa em Sintra
O nosso primeiro dia de Sintra amanheceu sinistro. Frio e muita neblina. Olhávamos para cima e era como se as montanhas e tudo nelas houvesse desaparecido. Mas não podíamos desanimar, afinal já era dia 2 de janeiro, e dali a 2 dias nos despediríamos da cidade. Era necessário ser pró-ativo.
Para começar a vitaminar aquele dia branco, um café-da-manhã delicioso. Alimentados, insistimos em buscar informação no Escritório de Turismo. Perguntamos sobre as trilhas de caminahda que levavam até o Palácio da Pena. O informador, mas bem deveria ser chamado desinformador, disse “nada de trilhas”, que devíamos subir com o ônibus circular que nos deixaria dentro do tal palácio. Como o tempo não estava pra peixe, lá fomos nós para o ponto de ônibus que fica bem ao lado do escritório do “desinformador” turístico.
Informação Turística de Sintra
Quando entro no ônibus peço dois bilhetes de ida, “nada disso minha senhora, apenas vendemos ida e volta”. Sabe quanto era a bagatela? NOVE euros (4,50 por pessoa). Confesso que isto me irritou um pouco. Mas conforme o ônibus ia subindo, vou percebendo que por aquele caminho realmente uma pessoa não poderia subir. Uma estradinha de duplo sentido e sem calçadas. O ônibus nos deixou na bilheteria. Aí te oferecem subir em um trenzinho, claro que se paga, mas realmente não vale a pena, é uma subindinha e dentro de uma mata linda.
No portão de entrada alugamos um audio-guia. Começamos a visita pela parte exterior e a única que se pode fotografar. Um frio dos diabos, e aquela neblina cada vez mais densa, nos divertimos muito. Se um de nós dois se adiantava, quase nos perdíamos. Muito vento, mas escutamos todas as explicações sobre a construção do palácio. O audioguia vale a pena.
O frio começa a ser sentido nos ossos, sinal de alerta, devemos entrar. Mochila para frente, é que o espaço para locomoção é pequeno e o palácio está super mobiliado. Nada de fotos, mas claro que algumas pessoas insistem e a multidão de funcionários lhes chama a devida atenção. Com o audio-guia o passeio é delicioso, porque cada detalhe deste lugar é hilário e tem suas justificativas.
Na saída do Palácio, nos perdemos um pouquinho pelo bosque-jardim que rodeia o edifício, é muito lindo. Havíamos comprado entradas combinadas para o Convento dos Capuchos, mas evidentemente não conseguiríamos chegar por lá com aquela neblina, frio e em alguns momentos chuva. Caminhamos ao Castelo dos Mouros, que está ao lado do Palácio da Pena e a funcionária trocou nossas entradas, visitamos os “mouros”, que dizem oferecer vistas espetaculares de Sintra (risos!).
Ao chegar no Castelo dos Mouros descobrimos o que havíamos perguntado ao “desinformador” turístico, a trilha de acesso ao Palácio da Pena e ao Castelo dos Mouros. Na saída decidimos descer pela dita cuja, é super fácil e deslumbrante, acaba ao lado da famosa confeitaria Piriquita, ou seja, no centro histórico de Sintra.
Como ninguém é de ferro tomamos de merenda uma tosta e uma sopa. Depois descanso e banho no hotel para o segundo jantar na bela, mesmo com muita neblina, Sintra!
Nos próximos posts, informação prática para visitar os palácios e castelos de Sintra.
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Casas e Palacetes de Cascais
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Restaurante em Sintra – Tulhas (quase uma experiência religiosa!)
fotos: turomaquia_2010