Da fonte de vinho a pocilga (A Saga do Caminho 6)
Noite M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A !!! O joelho ainda não estava 100%, mas dormir rejuvenesce até a alma! Saímos em direção ao Monasterio de Irache. Um pouco antes de chegar ao Monasterio, você encontra uma fonte de vinho. É isto mesmo, não está louco, você leu bem – de vinho! Este é um presente das Adegas Irache aos peregrinos. Mas sinceramente, eu não tinha muita vontade de beber vinho pela manhã, mas vale a pena entrar no recinto. Ademais, ao lado desta fonte, existe outra de água.
DICA: Sempre tenha uma garrafa de água vazia contigo, o caminho está repleto de fontes!
Desta fonte, já se vislumbra o Monasterio do século XI, e com diversas construções posteriores. O Monasterio está aberto para visitação. Você pode deixar a mochila na entrada com os guardas, e passar nem que seja 30 minutos neste local que já albergou um refúgio de peregrinos. No caminho você faz teu tempo, qual é a graça chegar super cedo ao próximo refúgio, e deixar prá tras tantas maravilhas artísticas e de fé! Tente entender que fazer o Caminho de Santiago implica em CAMINHAR, CAMINHAR, CAMINHAR …
Pode parecer enfadonho, mas quando o corpo se acostuma é uma verdadeira delícia. Foi a única viagem que eu fiz na vida, na qual me esqueci de tudo, era uma outra realidade. Nossas únicas preocupações: comer, dormir e andar …
Neste dia, comemos um dos melhores bocadillos do caminho, em um albergue da cidade de Villamayor de Monjardin. A jovem que fez o bocadillo era holandesa. O albergue era mantido por uma ordem religiosa deste país. É comum que vários voluntários dos albergues sejam de outros países.
Deixamos Monjardín e seu castelo (possivelmente de origen romana) e nos encaminamos para Los Arcos. Foram 12 quilômetros entre campos e no sol. Quando você atravessa várias cidades, o caminhar se faz mais ameno. Quando deve fazer um tramo tão extenso contemplando a mesma paisagem, a “coisa pega”. E este dia fazia um sol do caramba! Mas eu estava tão feliz, não sentia dores, e nem sofri com o sol … Para comer sentamos na sombra projetada por um monte de palha. Era a única sombra deste trajeto, aquí não se viam árvores, casas, nada …
Los Arcos é uma bela cidade … mas nada de bons serviços. São três albergues sofríveis, mas como chegamos tarde, tivemos que ficar no pior. Não só foi o pior desta cidade, mas o pior de todo o caminho. Uma verdadeira pocilga.
DICA: Se tem fôlego, visite a cidade. Principalmente a Iglesia de Santa María, que é impresionante, mas siga para a próxima cidade. Se puder, não durma em Los Arcos!!!
Voltando a porcaria do albergue. É um albergue privado chamado – Casa Alberdi. Uma mulher cobra $ 7,00€ por uma habitação compartilhada de 6 pessoas, e super suja. Nunca vi tanta mosca na minha vida, e um cheiro insuportável. Para mim foi uma provação (hehehehe), até picada de pulga rolou, mas “tô viva!” …
Então curta nossa página no Facebook, clicando aqui.
Siga o nosso Twitter @turomaquia.
Viaje com a gente no Google+ – google.com/+TuromaquiaViagens
Inscreva-se no nosso canal no YouTube, e seja o primeiro a ver nossos videos Turomaquia.
Veja nossas fotos no Instagram – Turomaquia.
Posts relacionados:
Tudo que é bom … (de Saint-Jean-Pied-De-Port a Roncesvalles)
Dificuldades … (de Roncesvalles a Zubiri)
Eu x Eu (de Zubiri a Cizur Menor)
Perdão e Reflexão (de Cizur Menor a Puente de la Reina)
Eu necessito … (de Puente de la Reina a Estella)
Imagens: turomaquia_2006