O que fazer na terra natal de Verdi | Busseto
Antes de tudo, dá o play, este post devia ser um podcast 😉
Ainda meio sonolenta da noite entre aeroportos, peguei o primeiro trem naquela manhã ensolarada em Bologna, e olha que acabava de chegar na cidade. Lutando contra o sono cheguei a Fidenza, onde 10 minutos depois saía o segundo trem com destino a terra de um dos homens mais amados pelos italianos. O homem que me fez cair de amores pela ópera.
Foi numa aula de música no Largo da Ordem em Curitiba que escutei por primeira vez uma ária de “La Traviata”, e o que muitos italianos me disseram que é seu verdadeiro hino, um coro de outra ópera, “Nabucco”.
Uma hora e quarenta minutos depois cheguei na pequena Busseto, por fim na terra do maestro, de um menino que aos 12 anos realizou sua primeira composição, Giuseppe Verdi. É colocar o pé na primeira rua da cidade que a vida se faz música. O rosto de Verdi por todos os lados, estampado em faixas que cruzam a rua principal; fora e dentro de restaurantes e lojas; na escultura da praça, e o mais bonito o amor profundo declarado por todos com quem conversei naquelas 6 horas que desfrutei da cidade que viu nascer a Verdi.
Como chegar
De trem
Desde Bologna você levará de 1 hora e meia a 1 hora e 45 minutos e terá que fazer um transbordo em Fidenza, normalmente rapidinho! O bilhete de ida-e-volta me custou 18,60€. Há vários trens durante todo o dia. Na volta, se não comprou o bilhete de ida-e-volta (que é melhor porque dá desconto!) terá que comprá-lo na máquina na Estação de Busseto, que é bem pequena.
De carro
Fica a 130 km de Bologna e a apenas 41 km de Parma, pense que delirante seria fazer um roteiro de carro pela região destas cidades, a Emilia Romagna (suspirando), a terra do parmiggiano-reggiano, do presunto di parma e do aceite de modena, para citar algumas de suas denominações de origem.
O que fazer
Como cheguei quase na hora do almoço apenas me deu tempo de visitar 3 dos 6 lugares verdianos 🙁
1. Caminhar, respirar e transpirar música. Assim de simples!
2. Entender um pouco de Verdi numa visita guiada no Museu Verdiano a Busseto, que fica na casa onde morava seu mecenas, Barezzi. Verdi declarou que sem este homem, não teria nunca sido nada. O “maestro” nasceu em uma casa humilde e não teria como estudar música sem o apoio de Antonio Barezzi. Para ele era um segundo pai, a quem dedicou sua ópera “Macbeth”.
3. Imaginar a reação de Verdi ao entrar no teatro que leva seu nome, e que ele achava que era meio exagerado (risos). Ficar bem quietinho e imaginar Toscanini regendo ali “La Traviatta” em 1913, ou Zeffirelli anos mais tarde à frente de “Aida”.
4. Passear pelos jardins e pela casa que viveu com seu segundo amor, a cantora lírica Giuseppina Strepponi. Seu romance aliás foi o maior escândalo, porque foram viver juntos sem casar, imagina como era isso no século 19 \o/ Apenas se casaram em segredo depois de 19 anos de relação. A Villa Verdi S. Agata é linda, mas se estiver sem carro, alugue uma bicicleta no Escritório de Turismo, que fica ao lado do teatro, porque não dá para ir andando, principalmente porque o caminho é por uma estrada. De bici é moleza, e olha que eu sou meio desajeitada com a magrela. Paguei 7€ pelo aluguel da bicicleta, e se tivesse chegando antes teria dado tempo de ir até a casa onde nasceu Verdi.
5. E ainda dá para visitar o Museu Nazionale Giuseppe Verdi, Museu Renata Tebaldi e a casa onde nasceu o “maestro” agora mesmo está fechada para restauração, mas em breve vai reabrir ainda mais lindona 😉
Ao chegar em Busseto, vá diretinho para o Escritório de Turismo e peça a “Tourist Card” para ter descontos nos museus. É só pegar a Via Roma, e depois de umas quadras verá do teu lado esquerdo uma praça e no fundo a escultura de Verdi. Em frente da escultura verá um enorme edifício que abriga entre outras coisas, o escritório de informações turísticas.
Para ver os horários e preços dos lugares verdianos, visite: http://www.bussetolive.com
Onde comer
Na rua principal da cidade, a Via Roma, vi um lugar tão lindinho e cheio de gente, que não pensei duas vezes, entrei. E simplesmente me apaixonei pela Salsamentería Storica e Verdiana Baratta. Tocava Verdi, o atendimento era amável, e diferente dos grandes centros italianos, ninguém te força a comer rápido e deixar o lugar livre para os próximos clientes. Na Emilia-Romagna o ritmo é outro 😉
Aceitei a sugestão do garçom, um menu de petiscos com tábua de presunto cortadinho na hora no balcão. Uma jarrinha de vinho frisante da casa, água, pão e uns molhinhos maravilha! Quando a “taça” chegou, e vi que era uma tigelona lembrei que já tinha visto esta “tacinha” no Twitter do @cafeviagem e do @contandoashoras. E sabe quanto me custou tudo isso? 11 eurinhos!
O restaurante abre das 11:00 às 19:00 horas de terça-feira a quinta-feira; e das 11:00 à meia-note de sexta a domingo. Fecha na segunda-feira.
End.: Via Roma, 76
Site: www.salsamenteriabaratta.it
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Olha que coisa mais linda este flashmob no TEDx Rio de La Plata 2013. Eu chorei rios, e vi umas vinte vezes. Sim, eu sou melodramática! E sim, eu sou realmente louca por Verdi 😉
Estive em Bolonha a convite do Turismo de Emilia Romagna. Mas minhas opiniões aqui são pessoais, e este não é um publieditorial. Para saber mais sobre este convite, leia este post. Aliás, eu que escolhi ir a Busseto, porque no Blogville cada blogueiro faz o que tem mais a ver com seu blog, leitores e gostos.
fotos: turomaquia_2013