Torre de Londres: como vivi a visita
Era setembro, primeiro dia e primeira vez em Londres. Saímos do hotel, éramos 3 e todas decididas a “caminhar a cidade”. Na mão, um antigo passe do metrô com uma foto. Primeira parada: Torre de Londres. A entrada era cara, mas afinal tudo era caro em Londres. Em uma viagem de 3 semanas, sendo Londres o primeiro destino, quando saímos da cidade já tinhamos gasto 2/3 do nosso orçamento (risos).
Naquela cidade que fervia, era só passar a porta de entrada da torre para entrar num remanso de paz. Tudo era tão surreal, aqueles corvos pretos até o infinito, sem contar aqueles senhores de vermelho e preto que nos sorriam com uma facilidade abismal. Tudo levava a pensar, e o melhor, a sentir que se entrava em uma outra época.
Uma época de reis, rainhas, traições, enforcamentos, assassinatos em nome do poder (ok, nem tão diferente da nossa!). De vestidos de esmagar costelas, carruagens e tudo que a imaginação remete quando falamos de Alta Idade Média e Renascimento.
Era tudo tão legal. Meio pobre este vocabulário, hehehe, mas é que nos sentíamos meio atordoadas com a mudança radical de ambiente. Era tudo realmente … LEGALLLL. Sem saber para onde ir, nos metemos na primeira visita guiada com aqueles senhores ultra simpáticos estilo flamengo ou atlético paranaense. Alucinante, hoje estou mais para seriado de adolescentes hehehe, mas era isso mesmo! Eu me perdia naquele sotaque britânico, e mesmo assim me diverti horrores. Era uma mistura de professor de história com tia-avô fofoqueira, contava as fofocas das cortes, as intrigas, mudava de tom de voz, fazia ar de mistério, como devia ser toda visita guiada que se preze, afinal estamos de férias ou “ em ócio”!
Uma hora depois, entramos nas salas das jóias da coroa. Passamos uma porta blindada, super gorda, e quase não conseguia manter os olhos abertos diante daqueles diamantes e esmeraldas tamanho extra-large. Espetacular!!! Passamos pela coleção de armaduras, e como éramos 3 mulheres discutimos as diferenças de tamanho de diferentes partes dos corpos dos reis.
Depois de muitas horas, sentamos para desfrutar um poco do “dolce far niente”, olhando com desconfiança aqueles corvos que me faziam lembrar aquela velha película do Hitchcock, e uma maravilha da engenharia, a Ponte de Londres. Oh, ponte lindona! Desde a Torre de Londres a visão era perfeita. Ela atraia o olhar de tal maneira que não resistimos e cruzamos pela dita cuja. Para andar até tarde da noite, seguindo um velho roteiro das pegadas azuis.
Foi tudo lindo e maravilhoso, mas quando voltamos ao hotel eu tinha os pés destroçados. O sapatinho lindo e preto, era o estilo bonitinho, mas ordinário. Nunca tinha me dado nenhum problema em Curitiba, mas no primeiro dia da viagem me fez ver estrelas. Também em Curitiba eu levava os pés de um carro a outro, naquele fatídico dia, os pés é que tiveram de me levar, nem preciso dizer que virei a piada da viagem. E como toda história que se preza tem uma moral, a minha é a seguinte: “Antes muerta que sencilla”.
No próximo post, tudo que você precisa saber antes de visitar a Torre de Londres.
“Antes muerta que sencilla” é o estribilho de uma canção espanhola, para escutá-la clique aqui.
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imagens: archivo_turomaquia_1999