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jan 04 2017

Piazza Navona | O que ver em Roma #3

Piazza Navona - O que ver em Roma

Piazza Navona – O que havia antes por lá

Na antiguidade, na praça se encontrava o Estádio de Domiciano. A Piazza Navona conservou sua forma oval. Domiciano foi um dos três imperadores da dinastia Flavia (ou Flaviana), a mesma que construiu o Coliseu. A construção do estádio aconteceu no ano 85 d.C.

No século III o lugar foi reformado. Ele era conhecido como “Circus Angonalis” porque nele aconteciam os “agones”, que eram os jogos atléticos gregos + musicais + espetáculos equestres, que conformavam o “Certamen Capitolinum” em honra ao Deus Júpiter.

O lugar era gigantesco, inclusive um pouquinho maior que a praça atual, já que as arquibancadas ficavam onde se encontram algumas construções, como a Igreja Santa Agnese in Agone.

O estádio media 276 metros de comprimento por 106 de largura. Sabe quantas pessoas podiam entrar no estádio? 30.000 \o/

Nesta imagem de 1.673 realizada por Jacopo Lauro, é mais fácil compreender como era o estádio. Ainda é possível ver alguns restos na Piazza Tor Sanguigna.
Piazza Navona - O que ver em Roma
Na Idade Média é que a praça começou a ganhar a forma atual e também se iniciaram as construções dos edifícios. Mas a maioria dos elementos decorativos são barrocos, e daí que ela seja conhecida como a praça mais barroca de Roma.
Piazza Navona - O que ver em Roma

As 3 fontes da Piazza Navona

1. A central, maior e mais famosa – Fontana dei Fiumi, também conhecida como Fonte dos Quatro Rios.
No século 17, no meio da praça havia uma fonte simplesinha. Mas dai o Papa Inocencio X da Família Pamphili resolveu dar um “up” na praça, afinal sua família tinha um palácio no lugar e aquela fonte não era nada atraente.

O Palácio Pamphili é a sede da Embaixada Brasleira na Itália. Foi adquirido pelo Brasil em 1960.

O Papa a princípio pensou em Borromini para a renovação da fonte, mas o Bernini tinha uma ideia. Como quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Ele fez um modelo em prata da sua ideia e conseguiu introduzi-lo na casa da cunhada do Papa – Olimpia Pamphili. Dizem que o papa ficou tão impressionado com o modelo, que inclusive incorporava o obelisco egípcio (uma das exigências do projeto) que na hora contratou o artista.

Bernini representa a essência do barroco, que é teatralidade, drama e movimento. Ao redor do obelisco construiu uma gruta que parecia natural, de mármore de Travertino de Tivoli (fica perto de Roma), da qual saem quatro figuras enormes que representam os grandes rios dos continentes até então conhecidos:

– Danúbio: que olha para os símbolos do Papa Inocêncio X;
Nilo: que cobre o rosto porque naquele momento não se conhecia sua nascente. Uma lenda urbana, diz que como existia uma rivalidade entre Borromini (que fez a igreja que está na frente da fonte) e Bernini. O rio estaria cobrindo o rosto para não ver a igreja 😉
– Ganges: que carrega um remo, como símbolo de sua navegabilidade;
– de la Plata: rodeado de moedas que representam a riqueza do continente americano.

Piazza Navona - O que ver em Roma
Piazza Navona - O que ver em Roma
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Bernini teve ideia e projetou a fonte. Mas as estátuas que representam os rios foram esculpidas por seus principais ajudantes. Ele talhou a gruta, a palmeira, o leão e o cavalo.

O obelisco de Domiciano tem 17,6 metros de altura e foi trazido do Egito.

2. Fonte do Mouro: realizada em 1576 por Giacomo della Porta foi renovada posteriormente por Bernini, que acrescentou a figura do mouro e do golfinho. Mas quem esculpiu as figuras foi outro discípulo do artista – Giovan Antonio Mari.
Piazza Navona - O que ver em Roma

As figuras dos tritões que sopram são réplicas da obra de Della Porta. As originais se encontram no Jardim do Lago, na Villa Borghese.

Piazza Navona - O que ver em Roma
3. Fonte de Netuno: também é mais velha e do mesmo Giacomo della Porta. Mas como a anterior, algumas das esculturas são posteriores (século 19), o próprio Netuno e as nereidas. E nosso Bernini também modificou algumas coisinhas da estrutura.

A igreja da Piazza Navona – Santa Agnese in Agone

Por fora você vai achar que é grandiosa e tal, mas que é outra igreja mais. Na infinidade de templos de Roma. Mas entra, e depois me diz 😉

Foi construída em cima de uma pequena igreja medieval e também sobre as ruínas do estádio romano. Chama-se Santa Inês em Agonia, porque a santa teria sido martirizada neste local.

Sobre Santa Inês, era uma menina cristã de 13 anos que vivia no bordel onde hoje se encontra a igreja. Isso no século IV. Um dia o filho de um oficial romano queria pagar para estar com ela, mas a menina não aceitou. Então foi obrigada a tirar toda sua roupa. Imediatamente, seu cabelo começou a crescer até cobrir todo seu corpo. Ela foi martirizada e se encontra enterrada nas catacumbas da Via Nomentana que levam seu nome.

O mais legal é que ela é concâva. Borromini tomou esta decisão para que a cúpula enorme não invadisse a praça. Era para a fachada ser ainda mais espetacular a fachada. Mas Borromini foi despedido pelo Papa e retornaram os primeiros arquitetos contratados, que alteraram o projeto 🙁
Piazza Navona - O que ver em Roma
Fica aberta de terça-feira a sábado das 9:30 às 12:30 e das 15:30 às 19:00 horas. Domingo das 9:00 às 13:00 e das 16:00 às 20:00 horas. Na segunda-feira não abre.

Aos domingos no final da tarde costumam oferecer concertos de música clássica, que custam entre 13 e 15€.

Site da igreja: http://www.santagneseinagone.org/homepage.html (para ver os horários dos concertos e das missas).

Curiosidade: a praça é côncava e até mediados do século 19 durante o verão, sabe o que faziam? Fechavam os bueiros que escoavam a água das fontes e convertiam um lugar num grande lago!

Piazza Navona - O que ver em Roma

A Piazza Navona na série “il dolce far niente”

Série – O que ver em Roma:
Fontana di Trevi
Panteão

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