Será que você teria sua salvação assegurada na Idade Média?
Na Idade Média possuir um Livro de Horas significava uma aproximação à vida monástica. Mas você pode estar se perguntando: Por que as pessoas ansiavam tanto levar uma vida parecida aos monges?
E se eu te contasse, que no final da vida, muitas pessoas decidiam renunciar a seus bens, casamento, “cachorro e gato” para viver em um mosteiro?
Simplesmente para alcançar a salvação. Ser monge era a via mais rápida para alcançar esta salvação. Porque na sociedade medieval os cristãos estavam divididos em três grupos:
“Entre os cristãos de ambos sexos, sabemos que existem três ordens, ou seja, três níveis. O primeiro é o dos leigos, o segundo é o dos clérigos e o terceiro, dos monges. Ainda que nenhum deles esteja livre do pecado, o primeiro é bom, o segundo melhor e o terceiro, excelente”
Este trecho do livro de Vauchez, “A espiritualidade do Ocidente medieval”, mostra que ser monge era algo muito bem visto. As pessoas acreditavam que eles estavam mais próximos de Deus. Por isso, as pessoas tentavam ajudá-los o máximo possível na construção de igrejas e mosteiros, para serem lembrados por estes seres quase divinos no momento do “Juízo Final”. Mas também para ter um lugar sagrado para passar seus últimos de vida terrena e assim se aproximar do almejado “Céu” 😉
Desta forma fica mais fácil entender porque na Europa pipocam mosteiros e igrejas medievais. Um exemplo, é o Mosteiro de San Juan de la Peña, que fica em Huesca. Na Comunidade de Aragão, em Espanha. Está encravado na rocha. É uma construção do século XII.Foi o mosteiro mais importante de Aragão, quando ainda nem existia a Espanha, tal qual a conhecemos hoje. Você pode visitá-lo num bate-e-volta a partir de Zaragoza. Ele forma parte do Caminho de Santiago Aragonês.