Bate e volta desde Lisboa – Península de Tróia + Setúbal

Pouca gente relaciona um bate-e-volta à Lisboa com uma praia paradisíaca. Mas o certo que a menos de 50 quilômetros da capital você dá de cara com uma cidade que é uma graça, do seu porto pega um barco que num pif-paf te deixa na Península de Tróia. Pouco conhecida pelos brasileiros, mas que por si só já vale a viagem.

Como chegar
Um bate e volta que dá para fazer de transporte público. Pegue o metrô Linha Azul e desça no Jardim Zoológico. Lá está a estação Roma-Areeiro, de onde saem os trens da Fertagus para Setúbal. O trajeto leva mais ou menos 1 hora. Mas é daquelas viagens deliciosas, mesmo antes de sair de Lisboa, o trem funciona como um baita mirante do Bairro de Belém. Um panorama da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos, porque afinal cruzará por dentro da Ponte 25 de Abril. E ao final da ponte, o grande Cristo. Cada trajeto custará 4,35€. Há vários trens durante o dia, clique aqui para ver os horários.


Da Estação de Setúbal até a Doca do Comércio são 2 quilômetros, nem perca tempo e vá de táxi. O trajeto ida e volta com o catamarã custa 6 6,55€.

Chegando em Tróia, de cara aparece uma sorveteria ótima, a Ice Gourmet (infelizmente minha amiga Isabel acaba de me comentar que fa sorveteria fechou!). E lindos restaurantes com terraços e um big hotel. Não deixem de entrar no lobby no Tróia Design Hotel para ver a obra “Cinderela” da artista portuguesa Joana Vasconcelos.

De lá, devidamente paramentado com seu traje de banho e toalha pegue as passarelas de acesso à praias. Pare na curva, na “esquina” da península. Na maré baixa, dezenas de piscinas naturais aparecem naquele mar cristalino de areia branquinha. Relaxe com a Serra da Arrábida de fundo. Daqueles momentos em que a gente levanta as mãos para o céu e agradece!



Sei que vai ser difícil não mudar os planos e pegar um quarto por lá mesmo; mas seja forte e pegue o catamarã de volta à Setúbal porque o bate-e-volta ainda não terminou. Almoce um peixinho fresco e frito junto com os locais no Restaurante Casa Morena. Local simples mais delicioso, provem os carapaus, sardinhas e massacotes, e de entrada não perda o queijinho e vá de vinho verde.
End.: Praça Machado dos Santos, 18


Depois do almoço, visite a Igreja do Convento de Jesus de Setúbal, de estilo gótico, considerada como um dos primeiros exemplos do estilo manuelino. Se você já visitou a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos já conheceu esta forma de trabalhar a pedra, até dizem as más línguas que eles treinaram o estilo por aquí, antes de aplicá-lo em Lisboa.

A igreja foi desenhada pelo arquiteto Diogo Boitaca em 1494. Um dos preferidos da Casa Real na época e um dos primeiros a trabalhar no Mosteiro dos Jerónimos. O interior tem arcos, janelas e colunas torsas feitas em brecha da Arrábida (um tipo de pedra).
Horário: 3. ª feira a domingo das 9:00 às 13: 00 e das 14 :00 às 17:00 horas

Passear pela cidade é uma delícia, e antes de retornar à Lisboa, uma última taça de vinho na Casa da Baía Setúbal. Onde também vendem souvenirs e produtos típicos, e funciona um posto de informação turística. O edifício do século 18 já foi residência de religiosas.
End.: Avenida Luísa Todi, 468

De lá para a Estação de trem para retornar à Lisboa. O melhor é descer na Estação Sete Rios/Jardim Zoológico, de onde sai a Linha Azul do Metrô. Prá quem vai estar de carro, o passeio pode passar por outras “paragens”, mas isto é tema para outro post 😉


Agradecimento: este post não seria possível sem o carinho dos amigos Isabel e Mário, moradores de Setúbal, que nos acolheram e nos levaram a todos estes belos lugares. Eu e o Tom adoramos vocês!

fotos: turomaquia_2012