Guias de Viagem e Arte

 
 
fev 14 2010

Um passeio por Paris – Mochilão Europa

Para quem começou a acompanhar o blog agora e parece que entrou de “gaiato no navio” vou explicar que esta seção se chama “Em Algum Lugar do Passado”. Nela posto antigas viagens a.I. (antes de Internet), ou mesmo a.C. (antes de computador). Esta é a saga da minha primeira vez na Zooropa acompanhada de uma mochila e nada mais. Realizei esta viagem no 1º. semestre de 1995. O texto está retirado diretamente do meu Diário de Bordo, e por isso posto entre aspas. As fotos foram escaneadas e muitas fotografadas (porque era mais rápido que escanear uma por uma). Para ler os posts anteriores, clique aqui.

31 de maio de 1995

” Saímos às 09:10 da Maison du Bresil e pegamos o ônibus 67, descemos na altura da Bastilha, ou melhor, da coluna que se ergueu onde era antes a famosa Bastilha, e depois a Ópera Moderna de Paris, e o local onde os barcos são lavados, etc. Descemos até o nível do Sena, atravessamos uma ponte e chegamos à ilha onde está Notredame. Entramos nesta igreja, que tem uns dos mais belos vitrais da Europa, pelo menos das igrejas que eu já tinha visto. Vi a Pietá, o legal foi que depois eu reconheci estas esculturas no quadro do David que está no Louvre, onde se vê a coroação de Napoleão. Comprei uns slides da Notredame (15FF).

Notredame
Notredame
Notredame
Notredame
Notredame

Andamos até o Boulevard Saint-Michel, onde vimos a Fontaine de St. Michel e encontramos uma loja de ponta de estoques da Naf Naf (Sta Fé) que a Lúcia tinha comentado. A loja tinha cada coisa bonita e barata, por 10 reais já se comprava algo, com 20 se fazia a festa! A única coisa ruim é que tinha um senhor meio grosseiro, mas tudo bem, comprei 3 blusas.

Passeamos pelas ruelas do Quartier Latin, e comemos crepe, ai que delícia! Adorei ver o jeito que faziam o crepe. Comi um de ovo e experimentei um de queijo.

Em seguida, andamos até o Hôtel de Ville (prefeitura) que é super grande e bonito, dali para o Pompidou. Subimos pelas escadas rolantes panorâmicas. O Zeca me mostrou as bibliotecas, coisa de babar! Tive uma outra visão de Paris desde o último andar do Pompidou. Na frente deste centro cultural estão uns mostradores com o segundos que faltam para o ano 2000. E também a Fonte Stravinski.

Pompidou

 

Pompidou

 

Pompidou
Pompidou
Olha minha pinta no lado direito, depois de quase 30 dias de mochilada!

Depois andamos até o Forum des Halles, com um enorme shopping subterrâneo, uma igreja que eu não lembro o nome e muitas fontes e flores. No Forum pegamos o metrô até o Arco do Triunfo, que recolhe várias ruas da cidade, formando a famosa estrela de Paris. Saímos andando pela famosa e chique Champs Elysees. Descobri que em Paris é mais caro comer sentado, até no Mac Donalds, e que na Champs Elysees tudo é mais caro, inclusive o Mac Donald´s. Vi o Lido, o bar Queen (que era do Fred Mercury) e entrei numa loja, a Virgin Megastore. Um lugar gigantesco com Cd´s do mundo inteiro, video laser, bibliografia sobre música, achei sensacional.

Arco do triunfo - Paris
Arco do triunfo
Lido, Champs-Elysees
Arco do triunfo e Champs-Elysees

Voltamos ao Arco e pegamos o metrô em direçao ao Grand Arche de la Defense, que fica na periferia. Descemos na esplanada com sua fonte maluca e da qual se vê o Arco que havíamos deixado atrás, o do Triunfo. Esta é a parte moderna da cidade, com edifícios arrojados, esculturas por todos os lados, até dar de cara com o arco, que me impressionou bastante. Subimos uma escada rolante lateral que dá no cinema da esplanada com sua esfera de vidro e depois fomos ao outro lado, para tirar foto de uma instalação de da escultura de um grande dedão.

La Defense - Paris

Dali para a Citè Universitaire, mas antes passamos pelo Supermercado Franprix e comprei um gratinado de batata delicioso, um nectar, que era um suco de 12 frutas e vitaminas; outro suco (ticco) que era bonito, mas resultou ser ordinário, de tão amargo. Era de um laranjão, que aqui se conhece como pomelo, e ainda comprei: queijo camembert, chocolate, bolacha, atum com tomate, iogurte, mousse de chocolate e um pão delicioso (brioche). Comida para até o final da viagem (risos).

Chegamos em “casa” e fui direto para a cozinha. Conheci o Ney, que faz doutorado em Física. Ele abriu um vinho da Alsácia e umas salsichas da mesma região. Comemos todos juntos ao som de Caetano Veloso. Foi uma festa!

Cidade Universitária Paris


fotos: archivo_turomaquia_1995