Uma cidade-fantasma no meio do caminho … Ruestaaaaaaaaaaa
Por fim depois do fatídico dia chegamos à Ruesta, uma cidade abandonada. No seu auge contava com 100 casas habitadas, quatro igrejas e dois albergues de peregrinos, mas a construção de uma represa e a falta de perspectiva laboral provocada por sua construção fez com que seus habitantes deixassem a cidade em 1959.
Existem duas versões sobre a história da cidade, alguns dizem que a construção de sua fortaleza foi iniciada pelos muçulmanos no século X, mas outros dizem que não, que desde o início seu povoamento foi navarro. Não posso afirmar qual seja a história verdadeira, mas o que se sabe com certeza é que os navarros a ocuparam no século XI, quando construíram o mosteiro, e que em 1054 o rei navarro concedeu à cidade ao rei de Aragón. Durante os séculos XI a XIII foi uma importante cidade-mercado e também importante parada no Caminho de Santiago.
Nos anos 90, a CGT (Confederação Geral do Trabalho) ganhou uma licença para recuperar a cidade. A CGT com a ajuda do Colégio de Arquitetos de Aragón já reabilitou dois edifícios que se utilizam como albergues. Não é necessário ser peregrino para se hospedar por aqui, a única diferença é no preço. A CGT oferece excursões e cursos para grupos.
Tenho que confessar que quando cheguei pensei que a comida seria meio bandejão, mas qual foi minha surpresa, era um jantar bem legal. De entrada, uma sopa e pão caseiro. De prato principal: salmão (sim, senhores!!!) e de sobremesa: frutas. E se fosse ruim, a coisa tava preta, porque a única opção é o albergue e o bar que eles mantém com terraço e tudo!
Assim, foi a minha primeira noite em uma cidade-fantasma (jejejeje), e havia tanta bolha no meu pé e estava tão cansada que dormi como um anjinho! Realmente eu piso torto, porque sempre tenho bolhas nos mesmos lugares, nas extremidades do pé, horrível! Mas vamos parar com isso porque este é um blog de viagens e não de medicina jejejeje