Guias de Viagem e Arte

 
 
out 26 2009

Turista ou mercadoria??? – o complicado receptivo maranhense

Uma pena que um lugar tão lindo tenha um receptivo turístico tão complicado. Várias experiências nos 12 dias de viagem me levaram a escrever este post.

 


Neste caso, no lugar do $ estão as ofertas enganosas das agências de receptivo!

O mais óbvio, a falta de preparo do pessoal da Oficina de Turismo em São Luís. O atendente era educado, e esforçado, mas não conhecia tão bem a região e nos brindou uma informação incorreta sobre o traslado a Santo Amaro.

Ao invés de reunir forças, o pessoal quer trabalhar na lei do mínimo esforço. Em várias agências de São Luís sequer nos olhavam quando pedíamos informação sobre Santo Amaro, e um senhor chegou a nos desencorajar a visitar o lugar porque era difícil e perigoso chegar até lá.

O “Ô do borogodô” foi o que nos passou numa agência de receptivo de Barreirinhas, que faço questão de identificar: Turismo São Paulo. Entrei na dita cuja, e perguntei o preço para o passeio à Lagoa Azul.

O senhor rispidamente respondeu. R$ 50,00 reais.

Eu tinha visto no hotel que custava R$ 40,00, e lhe comentei. Um dos poucos lugares que aceitavam cartão de crédito era a tal agência, e daí meu interesse.

O tipo me olhou, e disse: Eu faço pra ti, por R$ 40,00. Como se fosse um favor, e o pior, emendou:
Mas você não pode abrir a boca durante o passeio, não pode contar para ninguém quanto pagou! Ouviu?

Caramba, aquilo fez subir o meu sangue: E agora o senhor vai dizer o que eu posso ou não falar?!

Ele se meteu com uma mulher, porque pensava que podia com ela, me deu a impressão que se tivesse sido o Tom que tivesse falado com ele, a coisa teria sido diferente.

Uma senhora percebeu que a coisa ia ficar feia, e acalmou os ânimos. Enquanto ela passava meu cartão, eu lhe comentei: Alguém que oferece diversão, não deveria atender seus clientes tão estressado!

Foi uma situação ruim, e me senti uma mercadoria. O tratamento era inadequado. Somente não desisitimos da compra pelo tema do cartão de crédito. Mas não recomendo a ninguém esta agência, até porque utilizamos seus serviços duas vezes. Na primeira, a toyota encalhou por falta de perícia do condutor, e o guia não aportava nenhuma informação interesante durante o passeio. Na segunda vez, o guia era muito bom, mas o condutor foi temerário, pois na volta “brincou” de ver quem chega antes com outra toyota em um caminho de areia e mato. A toyota estava cheia de gente!

Quando uma pessoa viaja, quer desestresar, ser feliz. O serviços e as pessoas que a recebem no destino jogam um dos papéis mais importantes no turismo. Espero que logo o pessoal das agências de viagem e da Secretária de Turismo do Maranhão despertem para esta realidade! Que até é um paradoxo, em um lugar onde o povo é extremadamente hospitaleiro!

Imagem: http://www.martinaberastegue.com/wp-content/uploads/2007/06/trampa.jpg