Roteiro de 1 dia no Porto com tudo que se tem direito

Esse nosso roteiro de 1 dia no Porto teve de tudo. Descemos direto para a Leitaria embaixo do hotel. Um cafezinho básico 🙂 e lá fomos nós pegar o ônibus que nos deixaria na Fundação Serralves. Surpresa: uma grevinha básica de algumas linhas de ônibus. Mas não tem problema, utilizamos o Plano B – metrô até a Casa da Música.

Um destes momentos que um pensa, que ótimo que ocorreu um imprevisto, porque adoramos conhecer o exterior da Casa da Música. A partir daqui, até era possível pegar um ônibus, o 502 que nos deixaria bem próximos do museu. Aliás, era possível pegar o 502 no centrão, junto ao Mercado do Bolhão.

Optamos por uma caminhada de 4 km pela bonita Avenida Boa Vista. O tempo todo nos acompanharam plaquinhas que apontavam aos principais monumentos, ou seja, não tem como se perder. Chegando à Rotunda da Boa Vista, é só virar à esquerda. Também é aqui que o 502 para. A fundação está cercada de casas, e o lugar tem gosto e cheiro de bairro. O que torna o passeio ainda mais “recomendável”.

Compramos a entrada para visitar o museu + parque. Muitos residentes, pagam apenas pelo parque e aproveitam os gramados para fazer um pic-nic no final de semana. Delícia 🙂

Haviam várias exposições, mas a primeira me emocionou tanto, que entrei em modo “Louca”. Não sei como o Tom aguenta, começo a falar sem parar, entro e retorno às salas. Meio quando criança ganha muito brinquedo e não sabe com que jogar, entende? 😉

Nedko Solakov, foi o artista búlgaro responsável pelo momento “pareço louca, mas não sou!”. A exposição mostrava suas melhores obras em um determinado período, baseada tanto em escolhas de críticos como pessoais. O que eu mais alucinei é que ele explicava suas obras. Normalmente os contemporâneos pensam que falar sobre a obra faz com que se perda metade do encanto. Os mais puristas, que é uma heresia.

Escolhemos “ver de verdade” a exposição do Nedko, e depois passeamos pelas demais salas do museu antes de sair para o parque. Em grandes museus, ou naqueles que abrigam obras meio complicadas, 45 minutos/1 hora é o máximo que um adulto consegue estar realmente ligado naquilo que vê.

O parque tem vários espaços. Era alta temporada (agosto), mas o lugar é tão grande, que tivemos vários momentos de contemplação solitária. Quando chegamos na Casa de Chá, nem tivemos dúvida, olhamos um para o outro, e bastou para saber que necessitávamos parar e “recarregar” as forças.

Optamos pela parte interior, o calor estava forte, mas também há mesas com vistas aos jardins. Vale a parada! Tomamos 2 sopas (que sempre estão presentes nos cardápios portugueses, e costumam ser baratas) + 1 suco + 1 coca-cola, pagamos 11€.

Voltamos a caminhar em direção ao metrô da Casa da Música, e desembarcamos em Vila Nova de Gaia. Metrô que merece a etiqueta “turístico”, porque passa por cima da ponte D. Luís I, e o visual é incrível. Descemos para às margens do Douro, e enquanto esperávamos a hora da nossa visita na Cave Ferreira, comemos uma fartura. Sabe o que é? Churros recheado! E claro, sentados de cara para este rio, onde é impossível tirar uma foto feia!

Da visita a Cave Ferreira, onde descobrimos que nosso porto favorito (dos que provamos!) é o Dona Antónia, para a Taberninha do Manell. E de lá, para a casa de uma amiga querida, companheira de doutorado e que está fazendo um pós-doc por lá. Ela já destraumatizou, eu acho que só vou me livrar do trauma do doutorado na outra encarnação 🙂

Voltamos caminhando ao Porto, programa ótimo e grátis. Todos os monumentos iluminados, um arzinho fresco e aquela sensação que há dias realmente perfeitos na vida!

Planejando sua viagem para Portugal

fotos: turomaquia_2012