Roteiro Chapada Diamantina – com preços dos hotéis e dos passeios

Em dezembro de 2018 estive na Chapada Diamantina – Bahia. Foram 8 dias incríveis de viagem que agora vou contar tudo tim tim por tim tim aqui no Turomaquia. Com vocês meu Roteiro Chapada Diamantina.

Roteiro Chapada Diamantina – Salvador a Mucugê

Saímos de Curitiba no dia 04/12 para Salvador. Chegando lá eu já tinha alugado um carro econômico com ar (Mobi) para 7 dias pela Alamo que custou R$ 681,45,  já com a super proteção.

Quando organizei este roteiro não me liguei que a Bahia não entra no horário de verão e que por estar mais a leste, escurece em torno das 18:00 horas, o que me rendeu 2 horas de estrada de noite.

Cheguei em Salvador 12:20, almocei no aeroporto e fui pegar o carro na locadora. Saí de viagem de Salvador às 14:00 e cheguei em Mucugê às 20:00 e com chuva. Todas as reservas deste roteiro foram feitas pelo Booking.

Mucugê me serviu apenas de cidade dormitório, pois eu já havia passado por lá em 2003 numa viagem em família para a Chapada. No entanto, a cidade é uma graça e vale a pena ficar 1 noite e aproveitar metade do dia para passear pelas casinhas antigas coloridas, o cemitério Bizantino (que é bizarro de noite) e o “bebadomóvel”…rsrs

Ah, e pra quem vai de carro já aviso que todas as cidades pelas quais passei têm posto de combustível.

Em Mucugê, reservei um quarto duplo no Garimpo da Terra Suítes que custou R$ 117,00 (quarto duplo) e não tinha café da manhã, mas era super aconchegante e tinha uma cozinha bem completa.

Roteiro Chapada Diamantina – de Mucugê a Ibicoara

No dia 05/12 já tinha deixado o carro abastecido. Às 07:15 saímos de Mucugê para Ibicoara (75 km de asfalto) onde já tinha fechado com os meninos da Extreme South para fazer a Trilha da Cachoeira do Buracão.

Super famosa, é com certeza uma das mais lindas cachoeiras da Chapada, pois fica num cânion e para acessá-la é preciso ir pela água!

Saímos às 08:30 da cidade, no meu carro estávamos em 3 pessoas mais o guia e havia outro carro com 2 pessoas, por isso o passeio que custaria R$ 60 por pessoa, acabou saindo por R$ 35,00 reais por pessoa mais R$ 6,00 da entrada no parque.

Detalhe: para fazer esta trilha é OBRIGATÓRIO um guia local de Ibicoara e fechei com a Extreme South, pois foi onde consegui o melhor preço.

Havia chovido bastante nos dias anteriores, por isso na estrada (29 km de chão) até o estacionamento havia algumas partes com lama e alguns desvios para quem vai com carro pequeno.

Um pouco antes de chegar ao estacionamento tivemos que cruzar o rio Mucugezinho de carro. E embora o guia dissesse que dava para passar, tanto eu quanto o outro rapaz que estava de carro achamos melhor não fazer isso, pois não conhecíamos e achamos o rio cheio.

Assim, ao invés de fazermos uma trilha de 3 km caminhando fizemos 6 km, no entanto, a trilha é super tranquila, não tem grandes subidas e apenas perto da cachoeira aparecem umas descidas com escadas e pedras o que complica um pouco, mas indo devagar e com cuidado é bem tranquilo. Durante a trilha da ida há algumas paradas em pontos estratégicos para ver algumas cachoeiras e cânions.

Poucos metros antes de chegar no Buracão há outra cachoeira chamada Recanto Verde, após ela o guia já pega os coletes salva vidas e um pouco mais a frente os colocamos e deixamos nossas coisas. Para conseguir ver o Buracão de frente vamos só de roupa de banho e colete e apenas leva câmera quem tem uma a prova d´água (que não era meu caso…rsrs) então não tenho fotos dela.

Mas para chegar até o pé da cachoeira, no dia que eu fui, cruzamos uma “ponte” de madeira com a largura de uns 30 cm e depois entramos na água e fomos pelos cantinhos do cânion se segurando nas pedras até conseguir chegar no poço (no dia que eu fui era um caldeirão) e ver a cachoeira de frente.

Lá você pode ficar tomando banho no poço sem se aproximar muito da cachoeira, pois com aquele volume de água é perigoso. E como faz pra sair? Deita, relaxa e deixa a correnteza te levar até onde o pequeno cânion da cachoeira acaba e há uma borda de pedras onde se pode subir para o local onde deixamos as coisas…super tranquilo e seguro!

Na trilha de volta paramos em um mirante para ver a cachoeira do Buracão por cima…simplesmente linda, especialmente com tanta água.

Na estrada de volta à cidade paramos para experimentar a coxinha de jaca e a bolinha de queijo coalho, duas delícias. Eu recomendo!!!

*sobre a água ser escura é porque tem muito minerais e matéria orgânica, mas é super limpa.

Em Ibicoara, ficamos no Hotel Raio do Sol, o quarto duplo custou R$ 216,00 para 2 noites com um café da manhã simples, mas caseiro e delicioso.

Roteiro Chapada Diamantina – Fumacinha

No dia 06/12 a ideia inicial era fazer a trilha da Fumacinha por baixo, mas a chuva não permitiu, já que a trilha é toda feita no leito do rio dentro de um cânion e estava muito cheio, seria perigoso. Pois é necessário cruzar o rio várias vezes. Para esta trilha, também é OBRIGATÓRIO guia local de Ibicoara.

Decidimos então fazer a trilha para ver a Fumacinha por cima (OBRIGATÓRIO guia), até o lugar onde começa a trilha são 28 km de estrada de chão.

Como fica dentro do Parque Nacional, não há controle de visitantes, então é só deixar o carro e começar a trilha. No início há uma subida, mas é bem tranquila e o restante do trajeto é todo plano até chegar à 1ª queda.

A Fumacinha tem 3 quedas, mas nessa trilha é possível ver apenas 2, pois a 3ª queda fica dentro de um cânion fechado. Após admirarmos o cânion e as quedas por cima, nosso guia nos levou para tomar banho na 1ª queda que tem 70 metros, mas não era qualquer banho era atrás da queda no “degrau” da queda.

Para chegar neste lugar, é preciso cruzar o rio e escalar algumas pedras, assim entramos atrás da queda. Muito louco e muito alto, portanto, não recomendável para quem tem medo de altura. Mas há outra opção de banho num poço do rio acima da cachoeira no rio mesmo. Esse passeio saiu por R$ 50,00 por pessoa, pois estávamos em 3 pessoas mais o guia e também foi fechado com a Extreme South.

Roteiro Chapada Diamantina – de Ibicoara a Palmeiras

Dia 07/12 saímos de Ibicoara cedo, pois nosso destino era Palmeiras no lado norte da Chapada e nós estávamos no Extremo Sul.

Pegamos a BA 142 e após passarmos por Mucugê e pela estrada de acesso à Igatu, entramos numa estrada de chão em boas condições. Foram 18 km até o Poço Encantado. Chegando lá há um grande estacionamento e uma recepção com uma lojinha que vende de tudo para atender ao visitantes, custa R$ 25,00. Inclui capacete com lanterna e guia para descer até o poço.

O poço é lindo em qualquer época, mas com certeza fica com um toque especial entre fevereiro e outubro que é quando o raio de luz entra na caverna. Ah, e neste poço não é possível nadar.

Saindo do Poço Encantado voltando alguns quilômetros pela mesma estrada de chão e dobrando à direita na placa que indica Fazenda Boa União. Andamos 18 km sempre reto até um local onde há uma balsa nessa época de chuvas. Após atravessar o Rio Paraguaçu chega-se ao Poço Azul.

No Poço Azul há estacionamento, banheiros para se trocar e um restaurante. O valor é R$ 30,00 por pessoa, inclui colete salva vidas, máscara e snorkel.

Antes de entrar no poço é OBRIGATÓRIO tomar uma ducha gelada para retirar os resíduos de suor, cremes e protetor solar e o tempo de permanência no poço é entre 15 a 20 minutos. Se você deixar sua câmera ou celular com o responsável por cuidar do tempo de permanência no poço, ele tira umas fotos “massa” para você 🙂

Depois dos poços, seguimos com destino a Palmeiras onde dormimos no hostel Pousada Vila Bella onde o quarto duplo custou R$ 108,00 com café da manhã.

Nessa pousada há uma pizzaria e eu super recomendo a pizza que é servida em pedaços e tem uma massinha super fina e crocante, simplesmente deliciosa!

Roteiro Chapada Diamantina – Vale do Capão

Dia 08/12, após tomarmos café na pousada, pegamos uma estrada de 20 km até o Vale do Capão, onde está a associação dos condutores, onde há banheiros e onde você DEVE registrar sua entrada e saída da trilha para a Cachoeira da Fumaça por cima.

Este posto abre às 08:00 horas e disponibiliza guias ao custo de R$ 150,00 para grupos de até 4 pessoas. Para a cachoeira o guia não é obrigatório, mas eu peguei e recomendo, pois além de ajudar na economia local você fica mais seguro caso torça um pé como aconteceu comigo. Porque todos os guias tem rádio para pedir socorro e na parte plana da trilha há várias bifurcações, tantas que meu pai e meu irmão se perderam em 2003 quando fizeram a trilha sem guia. Portanto, por favor, valorize a sua vida!

A trilha tem 12 km ida e volta, os 2 primeiros são de subida forte, mas fazendo paradinhas para contemplar e tirar fotos não fica tão cansativo e lá em cima é tudo plano, um retão só!

Ah, ainda sobre a subida quando é alta temporada tem um senhor que vende caldo de cana no meio da subida (risos!) sim, a Bahia é surpreendente!!!

Se você, assim como nós, der sorte de pegar um dia de muito sol e época de rios cheios, é possível tomar banho em algum poço no rio que dá origem à cachoeira da Fumaça, além de vê-la de cima e de lado. Para ver a Fumaça de cima, é necessário deitar numa pedra.


Nós fizemos esse trajeto todo em 4 horas e 20 minutos, incluída 1 hora de parada para banho. Chegamos a tempo de almoçar no Vale do Capão, que é uma graça. E o pé torcido? Estava inchado e doendo, mas como aconteceu nos últimos 100 metros o guia jogou uma água gelada e me ajudou a descer até a associação. Ah, e para minha sorte eu tinha um anti-inflamatório no carro que foi providencial.

Enquanto almoçava caiu uma super tempestade com raios, mas tinha que ir até Lençóis então o jeito foi encarar. Passei por Palmeiras nesse trajeto e a cidade já estava inundada e também não consegui subir no Morro do Pai Inácio. Cheguei no fim da tarde em Lençóis onde me hospedei na Casa Aconchego (3 diárias em quarto duplo por R$ 270,00 sem café).

Os donos (Nei e Dejane) desta pousada são simplesmente sensacionais e nos 3 dias que ficamos por lá nos sentimos como se estivéssemos em casa. O quarto (uma suíte) tem entrada independente, e embora, o café não estivesse incluso, o Nei fazia o café pra gente com direito a tapioca quentinha, foi demais!!!

Roteiro Chapada Diamantina – Lençois

Dia 09/12 era domingo e Lençóis era nosso último destino na Chapada. A chuva continuava nos acompanhando.

O dia amanheceu meio nublado e a ideia que era fazer a trilha de 14 km ida e volta até a Cachoeira do Sossego. Mas não rolou, por 2 motivos: o rio estava muito cheio e tínhamos que atravessá-lo e meu pé não estava 100%.

Decidimos então ir até Iraquara e conhecer a caverna de Torrinhas, que tem várias formações interessantes e acaba se tornando uma das mais completas do mundo. Torrinhas tem 3 roteiros. Nós escolhemos fazer o terceiro, que é o mais completo. Caminha-se 2,5 km dentro da caverna e tem duração entre duas horas/duas horas e meia. Vale muito a pena e custou R$ 75,00 por pessoa.

Saindo de lá, almoçamos na estrada e seguimos até a Gruta da Pratinha que sabíamos que estava com a água ainda turva pelas chuvas, mas fomos pra conhecer e valeu a pena só pra tomar o cappuccino caseiro que tem lá. Não vou colocar fotos senão perde o encanto!

Resolvemos tentar ir no Pai Inácio que é no caminho de retorno para Lençóis, mas começou uma super chuva e não rolou. De noite fomos apenas comer um hambúrguer no centro histórico.

Roteiro Chapada Diamantina – Pai Inácio

Dia 10/12, amanheceu nublado em Lençóis e como era o último dia tivemos que ir no Pai Inácio com o tempo fechado mesmo. Lá a entrada custa R$ 12,00 por pessoa e a subida é fácil, demora em torno de 15 minutos.

Saindo do Pai Inácio resolvemos passar pra conhecer o Poço do Diabo que é no caminho. Não achamos nada demais, fomos porque o tempo estava ruim e não tínhamos nada para fazer.

De tarde, resolvemos procurar um lugar pra tomar um banho de cachoeira em algum lugar perto da pousada. Descobrimos o Serrano que é um lugar que tem uma trilha e algumas cachoeiras.

Assim voltamos para a pousada e nos arrumamos pra ir fazer um happy hour e jantar no centro de Lençóis. Tomamos cerveja e comemos um filé a parmegiana maravilhoso no Cozinha do Rição que fica na Praça Horácio de Matos, nº 100, bem no centrinho de Lençóis.

Roteiro Chapada Diamantina – de Lençois ao aeroporto de Salvador

Dia 11/12 saímos às 06 horas de Lençóis para devolver o carro em Salvador e ainda fazer algo por lá. Na volta que foi durante o dia e com calma, achamos uma ótima opção de parada na estrada: Posto Santa Helena em Itaberaba, com uma ótima estrutura, banheiros limpos, loja de conveniência e comida.

Em Salvador ( na verdade fica em Lauro de Freitas) ficamos no Intercity Salvador Aeroporto onde um quarto duplo custou R$ 206,68 e foi excelente pela localização. Era super perto da locadora de veículos e do aeroporto, perto de um shopping (R$ 20 reais para ir e voltar de Uber ) e perto de uma praia onde pudemos curtir a tarde comendo peixe (R$ 30 reais de Uber ida e volta).