Rafael Sanzio e os anjos mais famosos de toda história da arte

O queridinho do Papa e dos romanos morreu cedo. Levava uma vida boêmia e aos 37 anos teve uma morte prematura. Segundo o grande biógrafo de artistas da época Vasari, Rafael Sanzio ficou doente depois de uma noite de sexo excessivo com sua amante Fornarina (abaixo em dois momentos, o primeiro de 1516, e o outro de 1519).

Ele agonizou durante 15 dias, e teve tempo para fazer seu testamento e garantir uma boa vida à amante, que na verdade se chamava Margherita Luti. Como era filha de um padeiro, ganhou o apelido de Fornarina. Ele estava comprometido com a sobrinha do Cardeal Médici, parece que o noivado foi meio forçado pelo cardeal e ele enrolou e enrolou e acabou “sem tempo” para o casamento. De qualquer maneira, a futura esposa foi enterrada ao seu lado. Os dois estão no Panteão, isso mesmo, em Roma. O cara era tão simpático que o Papa permitiu que lhe enterassem naquele local.

Independente desta história de novela mexicana, era muito talentoso. Foi capaz de equilibrar idealismo e realidade em suas obras. Este equilíbrio fez com que suas pinturas fossem tomadas como modelos por diferentes gerações de artistas. São famosas suas madonas (Virgem) e seus anjos. Entre estes últimos os mais famosos são uns dois anjinhos que olham meio entendiados para a Virgem que carrega o Menino Jesus. É a “Madona Sistina”.

Olha como ele utiliza somente o essencial na sua obra, nada de enfeites. Uma beleza clássica, que não envelhece, que não sai de moda! E por outro lado, os personagens estão envoltos em nuvens, como que cercados por uma aura de mistério.

Para ver esta obra ao vivo e a cores, vá até Dresden (Alemanha), e visite a Gemäldegalerie Alte Meister Old Masters Picture Gallery. É uma obra enorme, mede 2,65 x 1,96 m, foi realizada entre 1513 e 1514.

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