Patinir – o pai da paisagem
Quem foi Patinir?
Quem já ouviu falar de Joachim Patinir? Ele nasceu em por volta de 1480, no que seria atualmente o sudeste da Bélgica. Atualmente, é quase desconhecido do grande público, mas em seu tempo foi famoso. A história do seu êxito é inversamente proporcional ao que conhecemos de sua trajetória e vida pessoal.
É verdade que não se sabe ao certo onde nasceu, mas foi em Amberes que se filiou a um grêmio e onde alcançou sua fama. Naqueles tempos, Amberes era o lugar de abrigo de 50.000 almas. Um dos principais centros comerciais da Europa e também um dos principais mercados de arte. Exportava obras de arte para cidades como Espanha, França, Itália, Inglaterra, Escandinávia e Alemanha.
Patinir era conhecido por todos como pintor de paisagens e hoje como o pai deste gênero pictórico. Até então, este não era considerado um gênero. Era algo que se pintava no fundo das telas e sem muita importância. Mas com a chegada dos ideiais humanistas de apreciar o mundo, sua natureza, seus detalhes, estes fundos começaram a ganhar protagonismo. Nas telas de Patinir, a paisagem ganha em importância. Mas não apenas nas suas telas, outros pintores também começaram a explorar mais as paisagens. Então, por que Patinir é conhecido como o pai da dita cuja?
Porque foi um especialista. E pelo fato de viver em Amberes, sua pintura foi mais influente que as dos demais pintores.
Análise de obra de Patinir: “Paisagem com São Jerônimo”
Ele desenvolveu uma série de regras para colocar as formas e as cores nos seus quadros, ou seja, uma fórmula de composição. Quer saber como era? Enquanto observa este quadro, escute as regras e veja sua aplicação nesta pintura – “Paisagem com São Jerônimo”* (1516/1517), que mede 74 x 91 cm e se encontra no Museu do Prado, em Madrid/Espanha.
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Imagem: Museu do Prado
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* Em português, vi as duas grafias – Jerônimo e Gerônimo.