Museu Real de Belas Artes da Bélgica – o dia que fiquei frente a frente com Marat
Quando cheguei na frente do gigantesco edifício, só pensava num quadro. Que mostra um revolucionário assassinado. O exato instante em acaba de ser esfaqueado.
O revolucionário, Marat, encontrava-se em sua banheira, onde passava longas horas do dia para acalmar as erupções cutâneas de sua doença. Tanto era assim, que sobre a banheira se encontrava uma improvisada mesa de trabalho.
Claro que o quadro não retrata exatamente a cena do crime. Porque nele a morte é até bonita. Só nas mãos dos artistas, a morte tem este quê de belo e até sensual.
Enfim, só pensava num dos meus desejos mais profundos. Enfrentar-me “A Morte de Marat”, obra do pintor da Revolução Francesa – David.
Quando sei que vou ver algo da minha bucket list de arte fico inquieta e excitadíssima. Mas mesmo assim, a recepção do museu me impactou. Um grande distribuidor, do qual se tem uma visão do primeiro andar. Emoldurado por umas colunas sólidas, e claro mega fotogênicas. De cara o primeiro contraste, na entrada uma obra contemporânea de um globo construído com pseudo-insetos, que divide o espaço com estátuas milenárias.
Museu Real de Belas Artes da Bélgica – O que não devo perder
Uma das obras mais emblemáticas da história da arte ocidental – “A Morte de Marat”, de David. Na mesma sala, uma releitura (que é quando um artista reinterpreta a outro) de Magritte, de uma outra obra de David. O retrato da esposa de um banqueiro – Juliete Récamier (o quadro chama-se Madame Récamier). Mas aqui a releitura da pintura gerou uma escultura!
Fora este momento estelar, há outros. Como a sala vermelha com os quadros do Rubens. Aquele que amava as mulheres com coxas rotundas e claro, muitas curvas. O artista que foi um pop star em seu tempo.
Uma coleção impressionante de obras de um pintor do norte. Do comecinho do Renascimento, Pieter Bruegel, o Velho. O homem dos quadros repletos de figuras hiper detalhadas. Suas paisagens e cenas são verdadeiras fotografias de um tempo em que todas as lembranças dependiam dos artistas.
Também abriga obras de Rembrandt e Bosch, e de um artista belga que eu não conhecia, mas me apaixonei, François-Joseph Navez (imagens abaixo).
Museu Real de Belas Artes da Bélgica – Como chegar | Quando ir | Quanto custa
Está no centro de Bruxelas, a 400 metros da Estação Central de Trem e a 800 metros da Grand Place. Se vier de metrô pare na estação: Gare Centrale. Se vier de bonde (tram) desça em Royale.
Abre das 10:00 às 17:00 horas. Fecha nas segundas e nos seguintes dias: 01/01, 01/05, 01/11, 11/11 e 25/12.
A entrada geral custa 10€. Menores de 26 anos pagam 2€, e maiores de 65 anos, 5€. Toda primeira quarta-feira de cada mês, na parte da tarde a entrada é grátis. Para quem vai visitar também o Museu Magritte, que fica no mesmo complexo, vale a pena comprar o Combo, que inclui os dois museus, por 15€. Aceita o Brussels Card.
Tem uma lojinha beeem legal, com objetos relacionados tanto ao Museu de Belas Artes como ao Magritte. Dá para entrar direto pela rua sem ir a nenhum dos dois museus, o que não é muito comum nos museus europeus.
Oferece uma espécie de café e uma brasserie. Não tive tempo para provar o lugar, porque bem neste dia fiz uma maratona museística 🙁
O guarda-roupa é gratuito, o que vem a calhar durante o inverno europeu. Já que dentro do museu não dá para ficar com o super abrigo, sob pena de criar sua própria sauna móvel 🙁
Museu Real de Belas Artes da Bélgica – Pode fotografar?
Pode, sem flash e sem tripé.
Um esclarecimento. Na verdade todo o complexo é conhecido como Museus Reais de Belas Artes de Bélgica. Esta parte que visitei é o Museu de Arte Antiga. A parte de arte moderna está em obras.
End.: Rue de la Régence 3
Site: http://www.kmskb.be/
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Imagem “Madame Récamier” de Jacques-Louis David (Museu do Louvre) – http://www.wga.hu/index1.html