Museu era um músico?! – De onde vem a palavra museu
Você sabe de onde vem esta palabra: MUSEU? Sinceramente, eu não era muito curiosa sobre a acepção das palavras, mas daí casei e o Tom adora este tema, e acabei “contaminada” por ele.
A palavra vem do latim que deriva de uma palavra grega – MOUSEION, cujo primeiro significado não tinha nada a ver com um edifício. Mouseion era um personagem da mitologia grega, parente ou amigo de Orfeu, educado pelas ninfas, que se converteu num grande músico capaz de curar doenças com suas melodias \o/
Incrível, né? Quando comecei a estudar o tema nem passava pela minha cabeça este significado. Mas a coisa não para por aí e começa a se aproximar mais do que entendemos atualmente por museu. Ainda na Grécia começaram a chamar os templos das musas de Mouseion. As musas eram as deusas da poesia e da música. O primeiro mouseion foi construído no século III a.C. e ficava junto à famosa Biblioteca de Alexandria.
Já em Roma utilizaram estes templos para expor aos cidadãos tudo aquilo que pilhavam durante as guerras da conquista. Papel que na Idade Média assumiu a Igreja. Tanta coisa chegava das Cruzadas que começaram a construir templos especialmente para guardar as relíquias dos santos, como no caso da Sainte-Chapelle em Paris.
Junto às obras de arte e às relíquias, chegaram na Europa uns objetos considerados exóticos, e algumas pessoas começaram a colecionar estes objetos. Algumas coleções eram tão geniais, que seus donos deixavam que certas pessoas visitassem seus gabinetes para apreciá-las, isso nos séculos 16 e 17. Estas “salas de exposição” ficaram conhecidas como “wunderkammer” ou gabinetes de curiosidades. O mais famoso foi o de Olaus Wormius, que era médico, antiquário e fez até um catálogo de sua coleção, que era tão importante que foi comprada pelo Rei da Dinamarca – Frederico III. O legal é que fizeram gravuras do gabinete de Wormius, então a gente pode ter uma ideia da loucura que eram estes espaços!
Os primeiros gabinetes que abriram ao público em geral foram os londrinenses, e um destes gabinetes (o de Elias Ashmole) foi doado à Oxford University, e dado origem ao primeiro museu do mundo, o Ashmolean Museum, isso em 1683!
A grande maioria dos museus superstar de arte que visitamos nasceram das coleções reais, e tiveram a função de legitimar algumas monarquias e em outros casos os novos governos que surgiam com a queda destas mesmas monarquia, como em França. Tanto uns como outros vão tentar educar seus cidadãos através destes novos museus, e estamos falando do Louvre/Paris (1793), Prado/Madri (1819), Alta Pinacoteca de Munique (1836), Hermitage/St. Petersburgo (1852), Kunsthistorisches de Viena (1891).
Se as obras de arte dos monarcas foram o germe dos Museus de Belas Artes; os gabinetes de curiosidades são os avós dos Museus de História Natural e Ciências.
Agora não pense que abriam como atualmente, nada disso, por exemplo o British Museum permitia a visita das 11:00 às 12:00; e o Louvre abria 3 vezes por semana 🙂 Ainda bem que isso mudou prá caramba!
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