Mais Lonely Planet Brasil
Descemos ao sudeste pela mão de Sònia Casas Codinach que nos fala sobre o Rio de Janeiro, dá uma olhada nesta foto, não é alucinante?!
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Sònia contando sobre a desastrosa urbanização dos anos 1970 com seus blocos de apartamentos monstruosos, adverte ao viajante: “Em qualquer outra cidade do mundo o dano seria irreparável, mas a beleza do Rio parece ser imune a todo tipo de ultraje: favelas trepando pelos morros e colinas, calçadas que envelhecem sem que ninguém as repare, perda de peso político e econômico diante de Brasília e São Paulo … É igual. Por mais que lhe maltrate, o Rio de Janeiro sempre terá a mãe natureza do seu lado. Uma natureza que marcou até seu nome”.
Lena Tosta, uma antropóloga brasileira assina dois artigos, o primeiro sobre os Kalungas, você sabe quem são eles e aonde vivem? Eu não sabia! “Os kalungas são a maior comunidade de descendentes dos moradores dos quilombos, entre as mais de mil e cem reconhecidas no Brasil, são mais ou menos seis mil pessoas”, que vivem no cerrado de Goiás.
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Sua segunda reportagem trata dos índios brasileiros, “ … as estatísticas mais conservadoras estimam que seis milhões de índios, que falavam cerca de 30.000 idiomas diferentes viviam no Brasil quando chegaram os portugueses. Enquanto hoje apenas 15% destes idiomas e 7,6% da população sobreviveram, o que representa tão somente 1% dos habitantes do país. Ainda que hoje seu número seja insignificante, para o Brasil o valor simbólico dos povos indígenas é incomensurável: caso se retirem estas primeiras nações da equação da “brasilidade”, os brasileiros nos tornaríamos irreconhecíveis, inclusive para nós mesmos”.
Miguel Mañueco descreve sua viagem de Recife a São Luís do Maranhão ricamente ilustrada com fotos que dão orgulho e na real apenas refletem a beleza nordestina. De passo faz uma pequena nota sobre Fernando de Noronha, que finaliza assim: “O arquipélago leva o nome do nobre português a quem foi cedido em 1504. Um ano antes havia desembarcado Américo Vespucio, e dizem que a idílica descrição que fez em seu retorno à Europa inspirou a Tomás Moro a invenção conceitual de uma ilha perfeita chamada Utopia”. (É muito bonito, e isso eu tampouco sabia, é necessário que alguns estrangeiros escrevam sobre meu país para que volte a descubri-lo!)
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Areia Vermelha – Rio Grande do Norte
O biólogo Lluís Sanz exorta ao Pantanal. “Todas as cifras relacionadas com o Pantanal são surpreendentes: tem mais de duas vezes o tamanho de Portugal, ou 24 vezes o do Parque dos Everglades, na Flórida; em suas águas habitam uns quatro milhões de jacarés, quase tantos como cabeças de gado; 670 espécies de aves e mais de 1.500 famílias de plantas, e sua densidade demográfica é três vezes inferior à da Amazônia”. (Vixe Santo!) No decorrer do artigo ele fala dos “osos hormigueros”, sabe o que são? Nossos velhos tamanduás, sabem que eles comem até 20.000 formigas e cupins por dia!???
É claro que se fala da nossa música, da Bahia e de Brasília, esta última recebe o carinho de outro brasileiro, Guilherme Wisnik. Enfim, uma delícia de revista, quem tiver possibilidade não deixe de comprá-la, é a número 18 da versão em espanhol!
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Salvador
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Destaque do post:
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Fotos: Revista Lonely Planet n. 18 – fevereiro/2009 – español
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