Louvre – indicado para redescobrir quão maravilhoso é o ser humano!
Primeiro dia completo em Paris. Uma garoa cobria a cidade, o que me fez modificar os planos. Não dava para encarar vinte minutos de caminhada, entrei no metrô direto para a parada Palais – Musèe du Louvre. Ao descer já dei de cara com a plaquinha indicando meu destino final. Imediatamente começo a sorrir, estou tão excitada como se fosse a primeira vez que entrasse naquele lugar. Queria correr, mas estava em França, devia manter a pose. Faço cara que não estou nem aí, e vou seguindo aquelas setas que me vão conduzindo ao Palácio, ou será ao Paraíso?!
O Louvre que é basicamente renascentista e neoclássico nasceu muito antes, há índicios de construções do século XII. Mas é no dia 8 de novembro de 1793, que abre suas portas para mostrar as coleções reais, que haviam sido confiscadas pela Revolução Francesa. Agora vamos ser justos, os reis antes do seu trágico final, já estavam pensando em mostrar aos cidadãos franceses parte de seu acervo artístico.
Naquele então, o museu apenas abria 3 vezes por semana, atualmente somente fecha na terça-feira. Não gosto de dizer que é uma visita obrigatória, mas é um lugar que todo mundo deveria estar ao menos uma vez na vida, principalmente se já não acredita na humanidade. É impossível percorrer suas galerias, e não sentir-se orgulhoso de pertencer a esta espécie louca que se mata entre si, mas que por exemplo, é capaz de produzir tanta beleza a partir de uma pedra, que é bonita mas imperfeita, como o mármore. O museu é para mim onde reencontro a mim mesma e aos outros. As obras são espelhos que refletem não são uma época, mas uma memória coletiva de loucuras, emoções e ânsias de ir além do sempre visto. Algumas nem são belas, porque muitas vezes o que nós fazemos por aqui tampouco é! Aquelas centenas de telas uma ao lado da outra, simplesmente são partes tuas, minhas, deles, nossas, de todos!
Por isso naquele 26 de fevereiro, eu só queria saber de entrar naquela casa enorme e desfrutar. Ia a trabalho, mas para poder realizar aquela tarefa da melhor forma possível tinha que deixar todas estas emoções aflorarem. Para emocionar aos demais, primeiro a emoção deve chegar a ti.
Resolvi entrar pela pirâmide, a fila era minúscula. Passadas as medidas de segurança, desci pela escada rolante, estava entrando no meu parque temático. Mil e umas atrações, espetáculos a cada segundo.
Bilheteria também sem fila. Comprei minha entrada. Mas antes de escolher por onde subiria, são três os pavilhões: Sully, Denon e Richelieu, entrei na lojinha. Caminhei um pouco, necessitava baixar minha adrenalina, entrar com o coração já disparado era altamente perigoso para a saúde.
Resolvi testar o guia multimedia. Entro na parte de arte medieval, uma paixão nova. Quando saio, vejo a escadaria que leva à minha amada, voei direto à Vitória. Depois me embrenhei pela Galeria Italiana, até dar com outra dama, Gioconda. Só faltava a terceira, aquela despida da cintura para cima, a de Milo. Mas antes, uma pausa para um crepe ao final da Galeria Francesa. Um luxo comer quase rodeada pelas pinturas gigantescas de Delacroix, realmente certas coisas não tem preço!
Subi aos espanhóis, alemães, holandeses. Sempre parando, sentando, observando. Afinal, para que correr? O que importa é como se vê, e não quanto se vê. Em duas galerias quase fico cega com tanto brilho e vermelho, eram as jóias da Coroa e os Apartamentos de Napoleão.
Brincadeira de reflexos, dentro ou fora, tudo belo!
O legal do meu parque é que as atrações estão tanto dentro como fora, conteúdo e continente são espetaculares. Por isso, a cada momento olho pela janela, não desesperada para sair daquele espaço, mas sim buscando o arco de colunas rosadas da entrada, a pirâmide de cristal, enfim, o ambiente de Paris.
Como era sexta-feira o museu fechava às dez da noite, mas às nove e meia começa a movimentação daqueles que vivem o Louvre de outra maneira, os funcionários. Salas começam a fechar, luzes a se apagar. Para fugir deste stress, decido terminar minha visita. Foram onze horas de orgasmos visuais, acho que já deu né?!
Saio e me deixo levar pela cidade iluminada, já não pela vela de Georges de La Tour, mas por milhares de luzinhas elétricas que fazem com que o sonho não acabe, e não é que Hemingway tinha razão: Paris é uma Festa!
George La Tour – Madalena
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fotos: turomaquia_2010