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jul 06 2017

Helenismo: a chegada da dramaticidade à arte grega

Helenismo: da beleza ideal ao naturalismo

Alexandre Magno expandiu o poderio grego. O contato com aqueles povos mais ao Oriente teve seus efeitos na arte, este período ficou conhecido como helenismo. O encontro com outras culturas e artistas que conheciam melhor esta ou aquela técnica produziu modificações na escultura grega. Já não se tratava de esculpir uma beleza idealizada, a moda era ser o mais naturalista possível, inclusive mostrar as emoções do retratado.

Era também um tempo de mudanças políticas, depois da morte de Alexandre, seu gigantesco reino começou a fragmentar-se. As “polis” gregas formaram reinos independentes. Toda a dramaticidade deste momento se verá na escultura. As cenas são mais violentas, com muito mais movimento, contam histórias mais complexas. Para isso começam esculpir não uma figura ou duas, mas um grupo escultórico. É deste período, o famoso Laoconte.

Helenismo

Helenismo: aparição do nú feminino

Outra mudança é a aparição do nú feminino. Lembra que os homens quase sempre apareciam peladinhos, e as mulheres super vestidas. No período clássico as figuras femininas aparecem desnudas da cintura para cima, mas no helenismo a mulher aparece totalmente nua. Muitos estudiosos acreditam que a primeira escultura feminina nua foi a Afrodite de Cnido, de Praxíteles.

A deusa aparece nua antes de entrar no banho, numa atitude de recato esconde seu sexo com a mão. Novamente veja o sutil movimento do corpo, passe o dedo desde a cabeça até seus pés. Infelizmente a escultura original não foi encontrada, conhecemos a obra por escritos e pelas cópias realizadas pelos romanos.

Helenismo

Helenismo
Para vê-las? O Laoconte e uma cópia da Afrodite de Cnido podem ser vistos nos Museus Vaticanos. Estes museus não se resumem apenas à Escola de Atenas, de Rafael Sanzio e a Capela Sixtina, de Michelângelo. Os Museus Vaticanos escondem muitos e muitos tesouros!!! Também pode ver uma cópia romana da Afrodite de Cnido nos Museus Capitolinos.

Os Museus Capitolinos no “il dolce far niente”

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Postado por Patricia de Camargo | Marcadores: