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jul 11 2012

Esportes radicais na Nova Zelândia – Sledging

Esportes radicais  na Nova Zelândia
Depois de finalizar mais uma temporada de trabalho, fomos aproveitar um pouco dos esportes radicais, que a Nova Zelândia oferece. Já na ilha norte chegamos a cidade de Rotorua, procuramos por opções de turismo, esportes radicais e coisas a serem feitas na cidade e região.

A região conta com bungy jump, rafiting e skydive, mas decidimos por sledging, esporte que consiste em descer as corredeiras de um rio com um trenó (prancha com alças), pés de pato e capacete. O pacote com fotos mais a descida custa NZD $109 (http://www.kaitiaki.co.nz/sledging.php#kaituna).
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Chovia no dia, o que aumenta o volume de água no rio e por causa disso, os instrutores fariam uma análise do trecho a descer, para avaliar se poderíamos fazer naquele dia. Nesse meio tempo ficamos na sede da operadora, conversando com o pessoal e conhecendo um pouco mais do esporte.

Tudo certo, descida autorizada, como estava muito frio íamos descer com roupas especiais de neoprene, além dos equipamentos de segurança. Devidamente trajados, com roupas de borrachas dos pés à cabeça, mais colete salva vidas e pés de patos, fomos buscar os trenós. Uma breve reunião sobre procedimentos e algumas dicas para segurança e começa a nova aventura.
Esportes radicais  na Nova ZelândiaCada um carregou o seu trenó, por um trilha de aproximadamente 15 minutos, até o local onde começaríamos a descida. A equipe consiste em dois instrutores e no máximo 3 turistas por vez, afinal é água e corredeiras!!!!

O treinamento na água começa… Pensem em uma água gelada, depois dêem uma multiplicada, mas a roupa ameniza ou a água anestesia, não tenho bem certeza..hehehe… Dentro d´água os instrutores ensinam como proceder quando o trenó vira, as técnicas para desvirá-lo, é isso mesmo, antes de começar eles ensinam primeiro como desvirar o trenó, sinal que independente do que se faça, ele deve virar, excelente início..hehehe. Depois de um breve aquecimento indo de uma margem a outra do rio, bora descer rio abaixo pelas corredeiras.

O inicio é uma ótima sensação descendo pelo rio a uma velocidade tranqüila, curtindo a paisagem, logo a frente avista-se a primeira queda, o instrutor organiza a descida… muito bom!! O trenó embala e quica pela água até chegar no final, batendo muita perna para saír debaixo da queda e ir até a beira do rio se posicionar para esperar o resto da equipe.

Até agora estava tudo muito tranqüilo e a diversão garantida, mais umas batidas de pés, e mais uma queda a ser vencida, essa um pouco mais alta e com um volume de água maior. A equipe se prepara, mais uma vez descendo com água por todos os lado, desta vez mais intensidade nos pés de pato, e menos resultado, temos que aumentar o ritmo.

Como já tinham avisado, o volume de água iria aumentando. Na parada antes das duas últimas quedas, o instrutor avisa que nessa próxima queda tem duas correntezas cruzadas, o que em geral leva a virar o trenó na descida, então ficar atento para não largar o trenó e assim que estabilizar a corrente usar a técnica de desvirá-lo, que foi treinada no início. Obviamente a tensão aumenta, e muito, pois na água parada onde ocorreu o treinamento é relativamente fácil. No entanto, com água por todos os lados, e não podendo deixá-lo escapar, a coisa se torna mais difícil.
Sledging - Nova Zelândia
Sledging - Nova Zelândia

Me concentrei na intenção de não deixar o trenó virar, tentei entrar o mais reto possível na queda para deixá-lo estável. Todo esse esforço em vão, quando vi já estava de arrasto segurando o trenó e tentanto estabilizá-lo para desviar e subir novamente.

Depois de momentos de tensão tudo certo novamente, tudo sobre controle, e preparado para próxima cachoeira. Agora me achando bem mais expert, pois já tinha passado por uma situação de não deixar o trenó escapar, o que passa uma segurança e uma sensação agradável.
Sledging - Nova Zelândia

Antes de ir para última queda, uma reunião mais demorada, onde o instrutor mostra uma caverna à esquerda da queda que estamos prestes a descer, o instrutor com um sorriso no rosto, diz no que terminar a descida batam pernas muito rápido para a direita. Pois se cair na caverna…. MORRE. Pensei, a poucos meses que estou aqui, o meu inglês não deve estar muito bom, devo ter entendido mal, pedi para ele repetir. Ele repete novamente a mesma frase e não satisfeito, passa o polegar no pescoço, confirmando com a mímica, que não podia ir para esquerda em hipótese nenhuma. Nesse momento, as pernas já estão exaustas, já estávamos batendo pernas rio abaixo a meia hora!

Totalmente tenso, me preparei para descer, pensando em bater muita perna, ao mesmo tempo, nessa estada na Nova Zelândia, pensava porque inventei de fazer esportes radicais??? Tô quase travado de medo, olho para as margens, estamos em uma parte do rio onde as margens são paredes de pedras, ou seja, não tem como subir, tem que descer e enfrentar a caverna!!!
Sledging - Nova Zelândia
Sledging - Nova Zelândia
Sledging - Nova Zelândia
Sledging - Nova Zelândia

Valendo, lá fui eu rio abaixo tentando bater pernas já no meio da descida e direcionando para direita, totalmente em vão devido a força a água, no que bati no final da queda, duas constatações maravilhosas, a primeira que a corrente te joga para o lado direito ao natural, mas eu bati minhas pernas com a maior vontade de toda minha vida, a segunda é que tem um bote com o motor ligado, caso alguém vá para esquerda por algum descuido. Claro, o bote, esse que não se enxergava lá de cima!!! Todos riram da situação e a tensão deu lugar as brincadeiras e últimos minutos n´água. Terminou mais uma sensacional experiência com esportes radicais e muita segurança, mas não sem antes fazer a trilha de volta carregando o trenó.
Sledging - Nova Zelândia

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texto e fotos: Daniel Portella