10 curiosidades sobre o templo do filme – Memórias de uma gueixa
O templo do filme – Memórias de uma gueixa – a crônica
Ansiedade e altas expectativas não costumam ser boas companhias em viagens. Mas naquele 12 de fevereiro este era meu estado de ânimo. Não me dediquei tanto quanto queria no planejamento da viagem, mas se algo estava claro era incluir o santuário Fushimi Inari Taisha na programação de Kioto.
Querendo correr, mas caminhando debaixo de um lindo céu azul fui para a Estação de Kioto. De lá partem os trens para o templo xintoísta que já era visitado pelos japoneses há séculos, mas que ficou conhecido por meio planeta quando a menina Sayuri correu por seus toriis em “Memórias de uma gueixa”.
O trem para e mais da metade desce. Saio com dificuldade da estação e diante dos meus olhos pouco a pouco um mar de gente. Entre construções de um alaranjado intenso abro caminho até os toriis que me levarão montanha acima. Mesmo com tanta gente, com a verdadeira fila indiana de boa parte da subida, foi uma das experiências mais intensas desta viagem ao Japão.
Curiosidades do Templo Fushimi Inari Taisha
1. É um dos templos mais populares do Japão, por isso o mais normal é que esteja repleto de gente. Só nos três dias das festas do Ano Novo, costuma receber mais de 2,5 milhões de pessoas.
2. Em 2011 se comemorou o aniversário 1300 do templo \o/ Também é um dos templos mais antigos do Japão, já que existe desde 711.
3. É um dos santuários xintoístas do deus Inari, no Japão existem mais de 32.000 templos consagrados a este deus.
4. Inari é o deus do arroz e por consequência dos comerciantes. No antigo Japão, a medida da riqueza estava dada pela extensão dos campos de arroz que uma pessoa produzia e possuía. Todo o sistema econômico do shogunato também estava baseado nesta medida.
6. Em Fushimi Inari existem centenas de estátuas de raposas, porque estes animais são os mensageiros do deus Inari. Esta escolha também estaria relacionada com a colheita. Durante uma época, os agricultores treinavam as raposas para que lhes ajudassem as pargas mais comuns de pequenos insetos e animais.
7. Só nestes templos se veem plaquinhas de madeira em formato de raposas (kitsunes). Os fieis usam para escrever seus pedidos de prosperidade e as deixam penduradas em partes específicas do templo. Custam 500 ienes.
8. Os toriis vermelhos são “portas” doadas por empresários e comerciantes para atrair prosperidade. Custam entre 400.000 e 1.000.000 ienes. Estas “portas” simbolizam um desejo ou uma forma de passar suas mensagens e orações à divindade.
9. O caminho até a parte de cima da montanha está repleto de toriis, são mais de 10.000. Um lindo espetáculo visual. São mais ou menos 4 quilômetros de um passeio que “é puro êxtase”.
10. Os torris estão pintados de vermelho porque esta cor se considera um amuleto contra as forças do mal e também porque esta relacionada com abundantes colheitas. A mistura realizada para criar este pigmento (mercúrio + terra vermelha) se usava desde a antiguidade para ajudar na preservação da madeira.
Em breve, roteiro com informações práticas para você visitar este templo.
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