Caburé: da tristeza à alegria ….
Descemos da lancha “voadeira”. O “comandante” nos deixou bem em frente à nossa pousada. Estávamos em Caburé. Uma pequena faixa de areia entre o rio Preguiças e o oceano Atlântico. Esperamos muito por este dia. Sabia que tudo era bastante rústico, que o gerador elétrico era desligado por volta das 22:00 horas. Mas as descrições lidas antes da viagem falavam de um lugar idílico, perdido entre duas águas.Da descida já via a pousada com seus chalés. Uma casa principal, e ao seu redor diversas pequenas casinhas, que eram os quartos dos hóspedes. Na casa principal funcionava a recepção e o restaurante. Passamos pelo portãozinho da entrada, o pessoal da pousada era bem simpático, e uma senhora nos levou até nosso “chalé”. Vamos nos aproximando e vemos através da porta entreaberta o lençol branco com bolinhas negras, que curioso! Eu e o Tom sem óculos. Quando entramos no quarto, susto! Sabe aquele momento: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come?! Resulta que as bolinhas eram dezenas de moscas!
Dificilmente entro em estado de choque. Reajo super bem em situações-limite. Mas eu não havia me preparado para aquilo. Ia além de uns sapinhos, mosquitos, pernilongos. Também é certo que todo o aspecto do quarto não ajudou muito. O Tom e a senhora começaram a colocar os mosquiteiros, para salvar as camas?!
Eu me sentei na rede de fora. Exagerei na dose? Sei lá. As expectativas em muitos casos geram este tipo de sentimento. Fiquei ali sem dizer nada, o Tom sabia que eu tinha que dar uma volta, me levou ao outro lado, ao mar. Fiquei mais um tempo sentada vendo aquele marzão.
Mas era necessário reagir já, nada de perder um minuto mais daquela viagem com auto-compaixão. Levantamos e fomos comer em um restaurante fora da pousada. Comida bem gostosa. Já me animei. Voltamos à pousada, a senhora tinha passado algo na nossa habitação, agora eram poucas, as moscas.
A maioria dos passeios desde Caburé envolviam barco, não havia vontade de se meter outra vez em qualquer embarcação. Sentamos no bar da pousada e desfrutamos de umas estupidamente geladas e da melhor caipirinha da viagem. Quando o sol já dava um pouco de respiro fomos dar uma andada, e nos deparamos com um espetáculo lindo – um por-do-sol de cair o queixo. Naquele momento, eu era só alegria, e foi só correr para o abraço …
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fotos: turomaquia_2009
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