As Viagens da Vanessa Aguilera – Ou uma introdução à sua Bucket List Viageira
Fazendo uma retrospectiva, chego à conclusão de que a minha bucket list sempre existiu, mesmo que ainda inconsciente na infância. No entanto, esta só tomou forma, no papel, dos meus 20 anos pra frente. Dos Parques da Disney e Vladivostok (viva o WAR!) ainda criança, ao desejo de acampar no deserto, seja do Saara ou Jalapão, beirando os 30 anos. Uma ligeira mudança de prioridades, mas o desejo de descobrir o mundo permaneceu. E quanto mais eu vivo, viajo e descubro, mais esta lista cresce. Assim como a Cláudia, do blog Aprendiz de Viajante, minha lista possui diferentes lugares, mas ela é mesmo recheada de situações que eu gostaria de vivenciar, sozinha ou não.
De uns anos pra cá, já consegui riscar muitos momentos desta lista, como estar pertinho de um imenso glaciar, em plena Patagônia argentina, e presenciar o barulho fascinante e ao mesmo tempo triste, de um pedaço de gelo desprendendo-se.
De ver neve pela primeira vez num passeio despretensioso de bicicleta em Amsterdam; de arriscar subir um vulcão mesmo com preparo físico zero, como aconteceu em Pucón, no Chile; de estar exatamente no local onde começou a Revolução Cubana e jogar conversa fora com cubanos num fim de tarde no Malecón de Havana.
Conhecer o boemio bairro parisiense, Montmartre, local das filmagens do meu filme favorito “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”; fazer um downhill sob chuva no Cotopaxi, Equador; ter a chance de conhecer as casas de Neruda (poeta que sempre me encantou), no Chile; visitar as comunidades de teleférico em Medellin e fazer aula de salsa em Cali, na Colômbia.
De navegar no Titicaca sob a lua cheia e conhecer o Valle Sagrado no Peru, tentando compreender o quanto os incas eram incríveis e chorar ao chegar à Machu Picchu; “subir” numa prancha de surf pela primeira vez e fazer um treeking pela mata fechada de noite, na diversidade da Costa Rica.
Perder-se de bicicleta pelo Deserto do Atacama e se deliciar com aquele céu estrelado ÚNICO; visitar a interminável Sagrada Família em Barcelona, que sempre habitou o meu imaginário, ainda quando meu avô falava dela; viver praticamente 3 dias dentro de uma 4×4 na expedição no Salar de Uyuni na Bolívia e sofrer com o “soroche”.
Estar numa ilhota panamenha com uma família indígena, dormindo em rede, sem água doce, energia elétrica ou qualquer conforto em San Blas, mas ter como quintal o marzão do Caribe; voar de asa delta sobre a beleza que é o Rio de Janeiro ou sobrevoar de helicóptero e compreender a grandeza das Cataratas do Iguaçu.
Ver pinguins e presenciar sol às 23h em Ushuaia; ver um jogo do Flamengo em pleno Maracanã; surpreender-se com as Linhas de Nazca no Peru ou “decepcionar-se” com a “Monalisa” no Louvre de Paris; estar literalmente na “Mitad del Mundo” e participar das mais estranhas experiências ao Norte e ao Sul do mundo em um passo; ver a emoção do meu pai ao levá-lo a um autêntico tango porteño e por aí vai.
Já dizia um “anônimo”: “A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos lugares e momentos capazes de tirar o nosso fôlego”. É isso.
Dois itens da minha bucket list viajante serão realizados agora, nas próximas férias, em janeiro/13. Visitar a Patagônia chilena, mais especificamente o Parque Torres del Paine e, ao voltar pro Brasil, passar dias na Amazônia, acampando no meio da mata e navegar pelo Rio Amazonas até o Pará. Duas viagens que já foram planejadas, quase vividas, mas que por algum motivo não deram certo em outras épocas, mas agora vai!
Continua no próximo post …
A Vanessa Aguilera, tuita sobre suas viagens no @aguilera13 e é colaboradora do blog “Diário de Mochileiro“.