Aonde a terra arde: Parque Nacional de Timanfaya
Lanzarote também é conhecida como a Ilha-Lua, porque sua natureza nos faz lembrar a paisagem lunar. O mais curioso é que esta paisagem se formou recentemente. No dia 1º. de setembro de 1730, quando o chão se abriu e de suas entranhas começou a jorrar um rio de fogo e lava, e sabemos exatamente como foi porque o padre do povoado de Yaiza descreveu o que está acontecendo:
“Se abriu a terra perto de Timanfaya (que era um povoado) e uma enorme montanha se elevou do seio da terra esculpindo chamas durante 19 dias. Poucos dias depois, se abriu outro abismo esculpindo lava sobre os povoados de Timanfaya, Rodeo e Mancha Blanca …”
E assim por diante, porque foram seis anos de erupções. Não é um erro de digitação, foram SEIS ANOS! E não ficou por ai, ocorreram mais erupções em 1824, que deram origem a outros três cones vulcânicos. Mas não fique pensando, o que vou fazer em uma ilha com mais de 100 vulcões? Não existe nenhum perigo, e se existe um local super controlado neste planeta, são as Canárias, aonde se vigilam diariamente a todas as ilhas.
O certo é que estas erupções legaram a humanidade um local único, não é mentira, nem exagero, eu nunca tinha ido a um lugar assim. Só que como esta paisagem é super sensível está protegida sob a denominação de Parque Nacional, e como Reserva Mundial da Biosfera, título concedido pela Unesco. O lance é que existem áreas que você não vai poder entrar de jeito nenhum, por quê? Porque só o fato de pisá-las, já bastaria para destrui-las, e o pior que não se podem recuperar, porque seriam necessárias outras erupções e mais duzentos anos de repouso!
Ao entrar nos limites do parque vai encontrar seu símbolo, este diabinho que foi criado pelo artista que eu comentei que mudou a cara da ilha – César Manrique. Ele foi a terceira erupção na ilha, mas desta vez uma erupção de genialidade, criatividade e muito amor por este espaço!
Para entender melhor como acontecem as erupções vulcânicas, e a singularidade desta paisagem, o melhor é entrar pelo Parque Nacional através do Centro de Interpretação de Mancha Blanca, onde poderá viver a sensação de uma erupção, vale a pena, e te vai fazer economizar filas para entrar no parque, porque pouca gente entra por este lado. Neste local você também poderá contratar um guia para fazer uma caminhada pelo parque de forma individual ou um grupo. São oferecidas duas rotas pelo parque mas com pouca regularidade: a Rota de Termesana, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, em espanhol e inglês, é uma trilha curta; e a Rota do Litoral que é bem mais difícil, pode fazer de forma auto-guiada, com o guia é oferecida apenas uma quarta-feira por mês.
Depois de deixar para trás o Centro de Interpretação você vai chegar à entrada propriamente dita do parque, aí pagará sua entrada e entrará em um estacionamento (incluido no preço). Descerá do teu carro e dará de cara com a Ilhota de Hilário. Neste ponto encontrará com o Restaurante “El Diablo”, também pensado e construído por César Manrique, aonde como eu já contei, poderá saborear a carne assada com o próprio calor da terra que a apenas 10 centímetros de profundidade alcança 150 graus! Do lado encontrará uma lojinha de souvenirs e banhos.
Na frente do restaurante, monitores do parque demonstram de forma contínua as anomalias geotérmicas desta área, colocando um pedaço de madeira seca no interior de um buraco para que este se incendeie em seguida, ou colocando água na terra através de um pequeno orifício o que provoca a imediata expulsão de vapor e água, ou seja, um geiser.
Depois de entender que esta terra segue ardendo, você entrará em um ônibus para percorrer os 14 Km da Rota dos Vulcões. Faz mais de um ano que não vou ao Timanfaya e espero que tenham trocado a audição do passeio, porque era meio esquizofrênica, com umas músicas de filme de terror (risos), mas não deixe de participar desta rota, é impressionante!!! Você passará ao lado das crateras. Antigamente as pessoas faziam esta rota em ônibus abertos com mirantes pelo meio do caminho, mas como muitos visitantes jogavam sujeira pelas janelas, etc… levavam pedras, etc… e estavam literalmente acabando com o parque, agora a rota de mais ou menos 45 minutos se realiza com paradas, mas sem que se possa descer e as janelas não se podem abrir.
Depois deste passeio, você pode pegar teu carro, ir até o “Echadero de los Camellos”, e percorrer a ladeira sul do Timanfaya de camelo, são vinte minutos de passeio, e custa 10 euros para cada duas pessoas, porque os bichinhos levam duas pessoas ao mesmo tempo.
Uma dica, chegue cedo ou mais tarde no parque, por quê? Os turistas de visitas organizadas costumam chegar no parque às 11:00 horas e permanecem até as 13:00 horas, por isso se chegar cedo evitará as filas e as multidões. Mais ou menos 90% dos visitantes da ilha, vão ao Timanfaya, assim já viu que é bem agitado!
Com certeza você sairá daí com outra energia, porque Lanzarote, e especialmente o Timanfaya são assim, sempre te deixam marcas…
Informações Práticas:
Parque Nacional de Timanfaya
Entrada – 8€
Horários:
Verão 09:00 – 18:00
Inverno 09:00 – 17:00
Para descarregar folhetos em pdf sobre o parque entre na pagina do Ministerio de Meio Ambiente da Espanha: http://reddeparquesnacionales.mma.es/parques/timanfaya/index.htm
Centro de Interpretación Mancha Blanca
Entrada – gratuita
Mesmos horários do parque
Echadero de los camellos
Preço passeio: 10€ a cada duas pessoas
Tempo: 20 minutos
Horários:
Verão 09:00 – 13:00
Inverno 09:00 – 16:00
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Fotos: turomaquia_2003
Mapa: http://reddeparquesnacionales.mma.es/parques/timanfaya/index.htm