Guias de Viagem e Arte

 
 
abr 28 2009

A Saga do Retorno

Voltar ou sair de casa e ainda ir para o Brasil sempre é uma saga para mim. Primeiro porque a Iberia dificilmente oferece um preço tão bom quanto a Swiss ou a Lufthansa. Assim, tenho que voar para Madrid (2 horas e meia), mais umas duas/duas horas meia para Zurique ou Frankfurt e mais 11 horas para Sampa.

Na ida fiquei um dia em Madrid e seis horas em Frankfurt. Mas na volta tudo era perigosamente rápido. Fácil para perder conexão e mala. E claro com tanta subida e descida, fiquei bem zureta, zonzinha, zonzinha. Sai de Sampa com a malinha pesando 27 kilos, o problema é minha fixação, obsessão por papel. Roupa, o mínimo dos mínimos. Não tive problema nenhum, até porque poderia despachar duas malas de 23 kilos.

Depois de ver o Corintias ganhando do Santos com direito a gol do Ronaldo, embarquei no horário para Frankfurt. Os aviões da Lufthansa não são super novos como os da Swiss, mas o pessoal de bordo é muito agradável e solícito. Na ida tinha conversado com um moço do check-in que me disse para tentar pegar na volta os últimos bancos porque são de dois lugares, são ótimos! (a disposição dos assentos é 3 – 4 – 3) Consegui, assim viajei na 54C. Para minha sorte, o avião não estava lotado e o senhor que estava ao meu lado se mudou para a última fileira, e eu viajei ” da solo”, e dormi muito!

Chegamos em Frankfurt no horário previsto, e como haviam alterado o horário do vôo eu já não tinha uma hora e meia para trocar de avião, mas apenas uma hora. Daí começou a Lei de Murphy, não descemos no finger, aquela passarela que te deixa dentro do terminal, mas sim descemos pela escadinha e um ônibus nos levou até o terminal, já perdi alguns preciosos minutos, depois veio a imigração. Como muita gente entrava por um país europeu em conexão, e não passava pela imigração e o próximo vôo que pegava já era dentro do espaço europeu e não tinha controle de passaporte, esta era uma maneira de entrar ilegal, e fácil, então agora os vôos internacionais sempre passam por controle de passaporte! Fila, fila e fila. Depois controle de raio-X, eu tinha um notebook, e tive que ir a um outro controle, aonde os caras passaram uma espécie de papel redondo no coitadinho, em cima, dentro, embaixo … liberada, literalmente sai correndo para o outro terminal, e quando cheguei o pessoal estava embarcando, ufaaaaa!

Com a pontualidade alemã cheguei em Madrid onde tinha que pegar a mala, porque agora ia voar com Spanair. A mala chegou meio acabadinha como a dona, conseguiram quebrar uma fivela de plástico da lateral. ok! Peguei a dita cuja e vamos para o check-in final. Escolhi mal o atendente, mal humorado total. Quando coloquei a mala, subitamente já não pesava 27 e sim 28, caçamba engordou durante o vôo!? “A Senhora tem que pagar o excesso!”. Argumentei que tinha vindo de um internacional, voando com a cia. parceira da Spanair, mas o cara ainda fez eu pesar a mochila. Eu disse que ia tirar uns livros da mala, ” mas a senhora não vai poder levar na mão”, eu já daquele jeito: “o problema é meu como vou levar, acho que o senhor já fez o suficiente”. Vocês não sabem a grosseira deste mal-amado, e a má-vontade total. Aliás eu tinha o cartão de fidelidade Spanair, e de nada serviu, porque quando o ser humano é idiota, a coisa não vai prá frente!

Abri a mala, e tirei 6 kilos de livros, quando voltei o Sr. Simpatia já não estava e uma senhora me liberou os dois kilos que ainda tinha de excesso. Fui à agência de correios, comprei uma caixinha, ainda tirei algumas revistas da mochila de mão e despachei direto para minha casa 7 kilos. Caixa + kilos = 9 euros, muuuito mais barato que o excesso das queridas cias. aéreas.

Mais um vôo, e chegada por fim em Las Palmas, onde meu maridinho estava me esperando com umas rosas amarelas fantásticas (estavam no ap.). E espera a mala, e nada de nada. Os caras me fizeram abrir a mala, para depois a dita cuja não chegar!!!! É o cúmulo, me senti muito mal, porque eles podem fazer o que querem, e você fica à mercê, é o cúmulo dos cúmulos!

Agora de manhã me entregaram a malinha, se não tivessem me tratado como trataram, eu até estaria feliz, porque não tinha mais que carregá-la, mas diante dos fatos, penso, do que vale investir tanto em propaganda, se a pessoa que tem o contato com o cliente é um energúmeno?!!!

Destaque post:
Problemas com a Spanair
Viajando com a Lufthansa

Fotos: turomaquia_2009

Postado por Patricia de Camargo | Marcadores: