A mata abençoada por dois Papas – Trekking em Portugal
O sucesso de um roteiro prá mim é a diversificação. Como louca por museus poderia ficar dias e dias internada entre telas e esculturas, mas terminaria acabada. É preciso dar ao corpo e à alma diferentes sensações, que comprovadamente nos levam a um níveis de criatividade jamais sonhados.
Por isso naquela terça-feira deixamos nossas coisas no hotel, colocamos nossos tênis de caminhada e nos mandamos para um bosque onde além de mais de 250 espécies de árvores e arbustos encontraríamos uma via crucis, numa verdadeira história de sangue, suor e lágrimas.
O suor deixaram os carmelitas que ganharam as terras no século 17, iniciaram seus reflorestamento, acrescentaram espécies exóticas e construiram uma muralha em torno à sua propriedade como proteção.
Do hotel é fácil achar os caminhos que levam à mata, e dá-lhe subir, subir e subir. Ficava imaginando enquanto suava tal qual os carmelitas, o medo do visitante do século 17 de tocar em qualquer verdinho, já que o Papa Urbano VIII editou uma bula que excomungava no ato qualquer pessoa que destruísse árvores ou apanhasse madeira do Buçaco, e antes dele o Gregório XV proibiu a mulherada de entrar na mata, também por pena de excomunhão 🙁
Depois deste momento indignação, dou de cara com o Palácio que começou a ser construído em 1888 e com o convento dos carmelitas que foi abandonado pela ordem quando acabaram com as ordens religiosas em Portugal.
Eu e o Tom não resistimos e paramos para um vinho frisante da região, e uns queijos no Palácio que hoje é hotel. Depois deste momento “não tem preço” voltamos ao trekking, e ao entrar na mata fechada e respirar fundo, o “pensamento vai mais longe”, exatamente no dia 27 de setembro de 1810 quando portugueses, mais seus aliados ingleses travaram aqui a batalha mais sangrenta das invasões napoleônicas em Portugal, a Batalha do Buçaco.
Enquanto o sangue rolava nos meus pensamentos, lembrando aqueles mais de 6.500 mortos, vemos a primeira capela da Via Crucis. Quando Jerusalém foi invadida pelo Império Otomano e o cristãos já não podiam ir até lá fazer sua peregrinação, em Europa começaram a “reproduzir” a Cidade Santa em suas cidades, e claro que não podiam faltar os passos da Prisão e Paixão de Cristo.
As capelas do Buçaco são do finalzinho do século 17. Em algumas delas, as esculturas estão mal conservadas, mas este tipo de figuras em tamanho natural sempre me levam às lágrimas. E me fazem reafirmar a ideia que existe no mundo mais gente boa do que má. Viajar, reaviva para mim, minha fé na humanidade!
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