A Capela Sistina do Românico – Panteão dos Reis
Quase todo mundo já ouviu falar da Capela Sistina. Considerada o climax do Renascimento e do gênio Michelangelo. Agora quem conhece aquela que é considerada a “Capela Sistina do Românico”?
E o mais triste é que não sabemos quem a pintou ou os artistas que foram capazes de com poucas cores conceder tanta beleza a uma câmara funerária.
No século XI os reis de León queriam reunir os túmlos dos reis leoneses que estavam dispersados por todo o reino. Para isso construirão um panteão real dentro da Basílica de San Isidoro (em León). Todos os tetos e paredes foram pintados com a técnica da têmpera. Nesta técnica ao pigmento da cor se acrescenta além de água, gema de ovo. Para que seu aspecto final seja meio aquarelado, mas com brilho! O ovo tem a função de aglutinar toda a mistura.
Mas afinal como faziam? Sobre uma parede caiada, desenhavam figuras negras. Depois pintavam estas figuras com cores ocres, vermelhos, amarelos e uma variedade de cinzas.
Aqui jazem 23 reis e rainhas, 12 infantes (filhos de reis) e 9 condes. Por sorte, este lugar sobreviveu à Guerra da Independência. As tropas napoleônicas invadiram a Basílica. Ela passou a ser seu palheiro e as sepulturas do Panteão, bebedouros para os animais. Por razões que a própria razão desconhece, as pinturas praticamente permaneceram intactas!
Para visitá-la? Vá à cidade de León/Espanha e procure pelo Museu Panteón de San Isidro de León. A entrada custa 5€. Aliás, León é uma delícia!
Imagens escaneadas do guia oficial de San Isidoro de León: Pintura Românica do Panteão dos Reis. Ed. Edilesa, 1993.