Lugares para visitar ou não em São Luís do Maranhão
A melhor opção para conhecer bem o centro histórico é contratar um guia especializado. Portanto, fica a dica testada por uma gaúcha que vive em São Luís, o guia Hugo. Eles fizeram um passeio de quatro horas, pelo qual ele cobrou 15 reais por pessoas (eram 3 pessoas).Nós estávamos munidos de um guia (em papel) preparado especialmente para a viagem, e saímos para desbravar a cidade. Caminhamos pelas ruas do setor histórico, e visitamos alguns museus.
Vários blogueiros indicavam a visita à Casa do Maranhão, que está bem em frente ao Porto Grande, lugar de saída dos barcos para Alcantara. Mesmo sendo alta temporada no estado, adivinhem? Estava fechado para reformas. Princípio básico do turismo: Não feche suas principais atrações em alta temporada. Imagine se você vai até Madrid só para ver o “Guernica” do Picasso, e ele está emprestado a outro museu??? Tirando os exageros, ficamos meio tristes, mas continuamos nossa empreitada.
As ruas melhor conservadas estão ao redor da Rua do Giz, mas vale a pena subir em direção ao Teatro Artur Azevedo, para ter um panorama geral da parte histórica. Aproveite para visitar ao teatro. O segundo mais antigo do Brasil, fundado por dois portugueses em 1817. As visitas são guiadas e duram 1 hora, começam às 15 horas, são realizadas de terça a sexta-feira.
Nesta região, o teatro é um dos edifícios mais imponentes, junto à casa ocupada pelo Museu Histórico e Artístico do Maranhão, que está praticamente ao lado. A visita ao museu custa R$ 2,50 e é guiada. A casa foi o Solar da Família Gomes de Souza e data de 1836. Dentro você vê como eram as casas do século 19. A dinâmica dos espaços e o mobiliário. A visita durou mais ou menos 40 minutos. Foi realizada por um estagiário universitário. De todas as visitas que fizemos foi a melhor. Nas visitas em geral faltam dados mais científicos, muitas coisas eram do tipo “eu acho que”, “parece que”. Falta levar mais sério o patrimônio. E claro, faltam as lojinhas ao final, onde você pode comprar livros que se aprofundem no tema, ou ao menos comprar um postal.
Falta espaço para fotografar, vamos fechar mais ruas do setor histórico para o tráfego de carros.
Outro dos edifícios bem conservados da cidade (imagine o porquê) é o Palácio dos Leões, atual sede do governo. Fica numa parte alta do centro histórico e é todo branco. Foi uma das poucas construções realizadas pelos franceses em 1612. Na verdade eles construíram um forte, e desta construção original restaram apenas os baluartes de São Cosme e Damião. O edifício atual é posterior. As visitas são grátis, e se realizam segunda, quarta e sexta-feiras, das 14:00 às 17:30 horas.
Olha o que nos passou. Chegamos às 13:50 para entrar na primeira visita da tarde, aliás as visitas são guiadas. Fomos perguntar ao pessoal da porta sobre a visita e nos disseram de uma forma bem ríspida: O responsável ainda não chegou, só às 2 da tarde. Ok. Esperamos, e às 14:10 nada de nada. Perguntamos outra vez, e o senhor ultra simpático: Ela ainda não chegou, deve estar almoçando. Ok. Sabe que horas a senhorita chegou? Às 14:30! É interessante entrar no palácio, e podia ser muito mais, se a senhorita responsável estivesse motivada na sua tarefa. Ela soltou um rolo de isto aqui é cerâmica chinesa, aqueles são cristais da Bohemia, e por aí foi, bem chato mesmo o discursinho, e ela se achando a rainha da cocada preta. A visita durou 20 minutos, ou seja, esperamos 30 minutos pela visita de 20 …
Para entrar no Palácio você deve colocar estas “meias” protetoras. Tanta frescura aqui, e tanto desleixo no resto do setor histórico!!!
Somente se pode fotografar: as escadarias e da janela que dá para a lateral do palácio, com seu jardim e piscininha
Agora, a pior visita foi ao Cafuá das Mercês. Fica na direção do Convento das Mercês. Nesta região foi a única que nos sentimos meio inseguros, mas nada do outro mundo. No problems! No sobrado colonial ficavam os escravos antes que fossem vendidos. Tinha tudo para ser um local emotivo, mas é uma visita guiada idiota. Pagamos R$2,00 e entramos com uma senhora, que ía nos dizendo o óbvio dos óbvios, tipo com este instrumento se prendiam os escravos (ok, não podia servir a outra coisa). Falava super rápido, e não se parava sequer quando eu traduzia algumas palavras para o Tom (detalhe eramos somente nós dois!). Quando você chega na parte de cima, a senhora se despede, e fica um senhor te vigilando com cara de: estes não vão mais embora!?! Nesta parte estão expostas esculturas de tribos africanas, não sei porque elas esculturas estão alí, se eram das tribos dos negros que chegaram ao Maranhão, ou sei lá o quê!? O edifício está aberto de terça a sexta-feira das 09:00 às 18:00 horas.
A Catedral da Sé fica bem perto da Rua do Giz, é só subir em direção ao Palácio dos Leões. Ela foi construída por jesuítas em 1699, mas o altar é do século XVIII, e a fachada atual é de 1922. Mas também li que a construção original era de 1629, época em que a cidade sofria com uma epidemia de varíola. O certo é que foi construída para homenagear à protetora dos portugueses, que após a Batalha de Guaxenduba, lograram expulsar os franceses da região. Tanto que a Igreja se chama “Sé Nossa Senhora da Vitória”!
Azulejos pelo Setor Histórico
Ainda existem muitos locais bonitos no Setor Histórico, apesar do descaso das autoridades!
Ao lado da Casa das Tulhas: mercado e artesanato
Como é a segurança pelo centro histórico? Nós não tivemos nenhum problema com segurança, e olha que caminhamos com uma câmara fotográfica reflex. Mas nos Lençois conhecemos uma moça que nos contou que sua amiga havia sido assaltada no centro histórico. E umas senhoras baianas comentaram que o pessoal do hotel disse para eles tomarem cuidado nos finais de semana, porque ficava tudo às moscas, e aí era quando podiam haver assaltos. Nós não vimos nada, nem sequer gente pedindo esmola. Mas também é verdade que não estivemos nem sábado, nem domingo na cidade. Nos arrededores da Rua do Giz existem muitas patrulhas policiais durante o dia e a noite. Em geral, nos sentimos seguros pela cidade.
Cuidado com … Se por um lado não nos sentimos inseguros, e nem fomos abordados por gente pedindo dinheiro, em alguns bares do setor histórico evite pedir qualquer coisa antes de perguntar o preço. Em alguns destes lugares não tem tabela de preço, e na hora da conta, o que conta é a cara do freguês!!!
Imperdível: Caminhar solto pelas ruas dos Centro Histórico, contratar um serviço de guia especializado para entender a cidade e assistir ao por-do-sol na Bahía de São Marcos, lindo!!!!
Não se assu
stem com minha visão crítica, minha especialidade é turismo cultural, e eu amo museus e espero sempre que as pessoas que estão aí para contar a história de um lugar estejam motivadas e apaixonadas pelo que fazem, acho que isto é o mínimo que todo mundo quer quando entra em um museu ou edifício histórico!
Informação prática:
Guia Hugo – (98) 8833 -8555
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