Guias de Viagem e Arte

 
 
maio 28 2010

Roteiro por Paris – para flainar pela cidade …

Jardin de las Tulleries

Paris é perfecta para caminhar, mas do que isso para flainar, que segundo o Dicionário Priberam, é passear sem destino, por mera distracção. Cada viajante vai conformando seus caminhos, seja guiado pelos edifícios, pela onipresente Torre ou talvez pelo estômago. Meu eixo de orientação em duas caminhadas foi o Jardim das Tulherias. Este parque em frente ao Museu do Louvre perfeito para o “laissez faire, laissez aller, laissez passer”, ou seja, “deixai fazer, deixai ir, deixai passar”. Aqueles banquinhos sabiamente colocados em frente a uma espécie de “laguinho” são o local perfeito para comer o pão com queijo de 0,90€ recém-comprado no posto do artesão do pão, Paul, bem ao lado do Arco do Carrossel. Neste ponto entre a lateral do Museu Orangerie, a Torre Eiffel, o Obelisco e ao fundo o Arco do Triunfo tudo pode acontecer, quem sabe “alguém pode te oferecer flores”.

Jardim das Tulherias

Jardim das Tulherias

Depois deste momento slow travel, voltar à viagem real é complicado mas necessário, Paris tem tanto a oferecer. Uma encruzilhada no meio do caminho, na Praça de la Concorde virar à direita na Rue Royale para comer um macarron na Laduree, rezar um pouco na Madeleine, esta igreja com as mil e uma colunas, para depois voltar a virar à direita e encontrar com as compras nos grandes magazines – Printemps e Galleries Lafayete. Passeio que anima não só pelo consumo que virá, mas também porque caminhar pelos Grandes Boulevars é do mais entretido e agradável.

Igreja de la Madeleine

Voltar à Praça de la Concorde após o prazer gastronômico do macarron é outra possibilidade. E à esquerda, andar junto ao Sena. Passar pelas lindas pontes, passar por cenários de filmes, instantes que somente Viagens para Paris podem proporcionar. Entrar na rua do Grand Palais, na altura da Pont des Invalides, à direita para chegar à Champs-Elysees. Subir esta rua, que mais parece uma vitrine, onde se vê e se olha. Onde se paga mais caro para comer até no próprio rei do fast-food americano, mas afinal esta é uma das avenidas mais comentadas do mundo.

Pontes de Paris

Andar preguiçosamente pelos Campos Elíseos (versão portuguesa da chique avenida). Quem sabe comprar uma entrada para o último show da noite do Lido. Não se pode dizer que seja barato, mas o espetáculo é milimetricamente perfeito e o cenário muda tantas vezes que entre a champagne e o “pássaro” que alça voo bem na sua frente, já não se sabe o que é real e o que é fantasia.

Arco do Triunfo

A avenida nos conduz a outro símbolo da cidade, ou melhor, a dois outros símbolos. Um deles se escancara diante de nós, o Arco do Triunfo, o outro se resiste, e para vê-lo há que subir no arco. A Estrela de Paris, formada pelas doze ruas que saem do Triunfo e se estendem na cidade. Quando estou percorrendo a terraça identificando as doze pontas da estrela, escuto um burburinho, são 22:00 horas, hora em ponto, a torre dá seu espetáculo de luz, e tal qual no filme “Cidade dos Anjos”, todos olham extasiados aquele ser que estava fadado a desaparecer, mas que hoje constitui a melhor marca da cidade, a Eiffel. E filosofando de forma barata penso que talvez todos sejamos como a Torre. Estamos fadados a desaparecer, mas temos antes disso a oportunidade de brilhar!

Informações práticas:
É possível realizar Viagens baratas à cidade, primeiro praticando o “flainar”, depois comprando o passe Paris Museum Card, e por fim consultando os voos Low cost Paris.

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fotos: turomaquia_2010
mapa: Google Maps