O que fazer em Sevilha – Roteiro pelo Guadalquivir e Triana
Passear pelas margens do Guadalquivir ou por suas águas deveria ser daqueles programas obrigatórios em Sevilha. O rio já foi cantado por poetas da talha de Federico García Lorca ou Góngorra. O primeiro começava seus versos de desamor assim:
El río Guadalquivir
va entre naranjos y olivos.
E o que quer dizer este nome até difícil de pronunciar? Vêm do árabe al-wadi al-kabir – “O Grande Rio”. Mas nem sempre foi chamado assim. Os romanos o chamavam de Betis (Baetis) e a Andaluzia por sua vez de Bética (Baetica). Claro que foi rebatizado pelos árabes no período do Al-Andalus, ou seja, quando a península ibérica foi tomada pelos mouros.
Eu e o Tom não tivemos dúvidas e fomos caminhando pelas margens do “Guada”, passando por suas inúmeras pontes. Tem até uma modernosa do Santiago Calatrava. Entre palmeiras e flores, deixando-nos levar pela magnitude de Sevilha.
Neste passeio apenas vimos uma ínfima parte dos 660 km do rio. O maior da Andaluzia, e o único rio com significativo tráfego fluvial na Espanha. Atualmente apenas navegável até Sevilha, mas em outros tempos se podia chegar até Córdoba por suas águas.
Outra maneira de ver mais rio, é pegar um dos inúmeráveis cruzeiros de 1 hora de navegação (entre 15 e 16€). A maioria sai das proximidades da Torre del Oro. Uma fortaleza do século 13 erguida pelo Califado Almóada. Olha só que must, da torre saía uma corrente gigantesca que se erguia para evitar a passagem de barcos inimigos \o/ Dá para subir na torre, que hoje é um museu naval.
Depois de passear pelo “grande rei de Andaluzia” nas palavras de Góngorra. Atravesse a Ponte de San Telmo para entrar no bairro mais flamenco e devoto, Triana. Simplesmente caminhe por suas entranhas, não basta com cruzar a famosa Calle Betis, vá além desta capa de pele. E ao final deixe-se cair na rua mais gastronômica do bairro, e também bem mais barata que a Betis, a Calle San Jacinto.
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fotos: turomaquia_2013
