Guia do Museu Nacional de Arte Antiga | Museu em Lisboa
Desde a entrada o museu impacta. Soberbo entre a Praça do Comércio e o Bairro de Belém, meio que escondido sobre uma colina e muita verde. O museu não é pequeno, mas me permitam chamá-lo de pequena jóia. Ideal para conhecer esta desconhecida entre os brasileiros (não entendo o porquê) arte portuguesa. Mas se você não está a fim de descobrir nada. Não se preocupe o museu abriga pérolas como um quadro de um pintor ao que apenas se atribuem aproximadamente umas 4 dezenas de telas, Bosch.
O edifício do Museu Nacional de Arte Antiga
O museu se encontra em um edifício antigo, o Palácio de Alvor construído no século 17 e num anexo de 1940. O gérmen do museu foi uma exposição realizada em 1882, onde se realizou uma retrospectiva da arte ornamental portuguesa e espanhola e que conseguiu reunir 100.000 visitantes \o/ se hoje estes números ainda são espetaculares, imagina para aquela época. Dois anos depois, em 1884, abre o Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia que daria passo ao Museu Nacional de Arte Antiga.
Como chegar ao Museu Nacional de Arte Antiga
Pegue o eléctrico 15E na Praça do Comércio, ou na Praça Figueira para garantir o assento, e desça na parada – Cais Rocha, atravesse a rua e olhe para cima e já verá o museu, é só subir as escadas para dar com a entrada. Também param por lá os ônibus 728, 732 e 760, bem como o eléctrico 18E.
Quando ir e quanto custa o Museu Nacional de Arte Antiga
O museu abre de terça a domingo das 10:00 às 18:00 horas, e independente do dia da semana, não abre: 1/janeiro, domingo de Páscoa, 1/maio e 24 e 25/dezembro.
A entrada custa 6€; maiores de 65 anos pagam 3€ e crianças de até 12 anos tem entrada gratuita. Também é interessante o bilhete Frente Ribeirinha que custa 15€ e inclui a visita a este museu + Museu Nacional do Azulejo e o Panteão Nacional.
Como é a visita ao Museu Nacional de Arte Antiga
Ao subir as escadas, um retábulo de 1537 por Garcia Fernandes te recepciona, e quando você já está suficientemente emocionado aparece a sala mais fotogênica do museu onde reinam 6 grandes pinturas atribuídas a Nuno Gonçalves (1470). Eu lhe animaria a começar pelo 3o. andar onde se encontra a arte portuguesa, mas este andar está fechado temporariamente, mas você poderá ver os painéis do Nuno no primeiro andar, na sala 55.
1o. andar
Sala 55, onde temporariamente se encontram os painéis de Nuno Gonçalves.
Passeie pelas salas 51 a 65, onde poderá ver obras de Rafael Sanzio, Tiepolo, Joshua Reynolds. E do francês que esteve no Brasil junto com a Missão Francesa: Nicolas-Antoine Taunay, Pieter Brueghel, Murillo, Zurbarán, Dürer, Lucas Cranach, o velho; Van Dyck, entre outros.
Sala 61, o tríptico de Bosch – “As tentações de Santo Antão” de 1500. Como era comum na época do pintor, os trípticos se transportavam. Por isso se fechavam e ao abrir-se deviam deslumbrar as pessoas. Você verá por tudo que teve que passar o pobre santo ermitão, na esquerda os demônios lhe atiram do céu. No centro, luta para que sua fé não lhe abandone e à direita, uma mulher desnuda lhe provoca o desejo da carne e uma mesa cheia de gostosuras, o pecado da gula. Oh, vida difícil!
Como em outros trípticos do artista, a pintura que se vislumbra ao fechar ao tríptico é um verde escuro/branco.
2o. andar
Arte da expansão, salas 14 a 18. Para ver a influência mútua dos portugueses em suas colônias e nos países com quem travaram relações comerciais. Como é o caso do Japão, onde chegaram em 1543. Para entender esta influência na sala 14 veja os biombos Namban, produzidos entre 1570 e 1616. Os biombos eram dados para dividir espaços, e normalmente eram realizados de dois em dois. O tema mais recorrente no século 16 eram as cenas do cotidiano. Nos biombos do museu se vê a chegada festiva dos portugueses no barco negro. Ao que os japoneses chamavam de a chegada dos namban jin, ou bárbaros do sul.
Na sala 18, não perca o contador (gabinete) com trempe, realizado na Índia quando esta estava sob o domínio mongol. Ele mostra a influência portuguesa. Nas portas inferiores, cavaleiros portugueses caçando. O móvel é de do final do século 16, comecinho do 17.
As salas 19 a 25 mostram a cerâmica. Pense que naquela época, a cerâmica estava destinada aos reis e nobres. Era como ter uma jóia, e que jóias.
Também vale a pena a sala 30 para ver as jóias. Observe que junto a algumas das peças se encontram pequenos quadros que mostram as donzelas levando as jóias expostas.
Serviços do Museu Nacional de Arte Antiga
Entre o primeiro e o segundo andar desceria aos jardins. Para tomar um vinho verde ou uma meia de leite no café-restaurante. Com vistas para o Tejo, o Cristo e a Ponte 25 de abril, o restaurante é um achado e tanto. Ele fica aberto nos mesmos dias dos museu, das 10:00 às 17:30 horas, e que como bônus oferece wifi 😉 Na época que estivemos por lá serviam na hora do almoço menus a 14€.
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