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abr 17 2013

Escher – o artista do impossível no MON em Curitiba

Um cenário ao final da rampa de acesso do MON delata que esta exposição vai além de uma mostra das obras de Escher. O que se pretende é que o público entre no mundo, e se não fosse um pouco utópico, na cabeça do artista.
Escher - no Mon em Curitiba

Além de tirar uma foto divertida onde uma pessoa parece um gigante e a outra bem baixinha, logo de cara, descobre-se a fascinação de Escher pela ilusão de ótica.
Escher - no Mon em Curitiba

Este holandês que nasceu lá no finzinho do século 19, e morreu quando eu tinha 2 aninhos entrou na faculdade de arquitetura (por imposição do pai), mas ao encontrar com um mestre da gravura, deixou tudo de lado e começou a fazer xilogravura e litogravura.

Fazer gravura de entrada acrescenta duas dificuldades, o que você vê na matriz (pedra ou madeira) na direita, na impressão estará na esquerda. O que se vê em relevo será negro, ou dá cor que se utilize para imprimir, e o que está abaixo branco, ou melhor, sem cor. Isso que pode parecer até meio bobinho, está bem longe disso. O artista tem que ter a idéia, mas antes de desenvolvê-la, pensá-la ao contrario, não é mole não!
Escher - no Mon em Curitiba

Maurits Cornelis Escher morou na Holanda, Itália, Suiça, Bélgica e viajou muito pela Espanha, onde se apaixonou pela Alhambra, o palacio mouro de Granada. Os padrões árabes repetidos levaram Escher a criar os ladrilhamentos, ou em português mais claro, a divisão do espaço de forma regular. Só que estes ladrilhamentos que podiam ficar em retângulos e losangos, viraram por exemplo diabos e anjos. O artista não era matemático e utilizava o famoso erro e acerto até encontrar a solução para seu problema, e foi assim que os ladrilhamentos além de dividir o espaço se transformaram em metamorfoses, onde peixes dão lugar a pássaros.Onde o negativo-positivo da gravura ganha outro sentido.
escher
Escher - no Mon em Curitiba

A exposição é um grande playground onde sentimos na pele os efeitos que ele coloca nas obras. Num retângulo de luz parece que pisamos num grande precipicio, é o mundo sem fim. Podemos até pegar o globo de metal e tentar fazer uma foto imitando a gravura onde vemos o senhor refletido na esfera e ao mesmo tempo sua mão que agarra a “bola”.
Escher - no Mon em Curitiba Escher

Por fim todos experimentamos arte, não apenas as crianças. A exposição está tão bem montada, que não tem idade, é legal para todo mundo. É universal como Escher.
Escher - no Mon em Curitiba

Lembro que na faculdade de artes muitas vezes nos referimos à Escher como o artista das escadas impossíveis, mas que nada era o homem dos mundos impossíveis.
Escher - no Mon em Curitiba
Escher - no Mon em Curitiba

Um filme em 3D com narração divertida nos coloca dentro destas arquiteturas que apenas podem existir na cabeça do artista. Talvez uma forma que ele enc ontrou de rir deste mundo, que chamamos real. O de Escher é chamado de impossível, mas é este mundo que deixa todos os visitantes sem fôlego e extasiados ao final da visita. Não dá para perder, o sucesso no primeiro final de semana foi tanto, que prorrogaram o tempo da mostra, que ficará aberta no MON até o dia 10 de agosto.
Escher - no Mon em Curitiba
Escher - no Mon em Curitiba Escher - no Mon em Curitiba

A entrada custa a bagatela de R$ 6,00, e R$ 3,00 para estudantes e tal. Maiores de 60 anos não pagam.

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