Guias de Viagem e Arte

 
 
fev 06 2019

Cesar Manrique – o artista da terra que arde


Numa terra distante, no meio do Atlântico nasceu em 1919 um menino que desde cedo admirou a Picasso e amou sua terra. Um menino que tinhas duas irmãs, uma delas sua gêmea. Ele cresceu e foi estudar numa ilha perto da sua. Cursou dois anos de Arquitetura e decidiu que não era bem aquilo que ele queria e voltou à sua ilha. Mas ganhou uma bolsa de estudos e se fez professor de pintura e desenho na Academia de Belas Artes de São Fernando em Madrid. Este cara era uma cabra inspirado e com alguns amigos montou um grupo de vanguarda de arte abstrata e a primeira galeria de arte não figurativa de toda Espanha, a Fernando Fé. Que nominho hein!?

Mas o mundo ficou pequeno e ele se mandou para América convidado por um Rockfeller que havia comprado alguns dos seus quadros. Expôs na terra do Tio Sam, mas chamado pela força dos vulcões da sua terra, voltou em 1966 definitivamente para Lanzarote. Aí seguiu pintando, mas também esculpindo e criando arte gráfica, sem contar que começou a intervir em grandes espaços urbanos. De um depósito de lixo criou um jardim botânico, e das lavas brotaram casas e mirantes.

Este homem se chamava César Manrique e morreu no lugar que mais amava, de forma trágica, atropelado praticamente ao lado de sua casa, mas seu espírito guerreiro se mantém na alma de cada lanzarotenho que luta por manter sua ilha, sua casa, sua vida!

Foto: Francisco Rojas Fariña – Fachico