Guias de Viagem e Arte

 
 
set 01 2010

Alugando carro na Irlanda: nunca melhor dito – o barato sai caro! (Auto Europe & Sixt)

Infelizmente nesta viagem perdi um pouco da minha fé nos milagres. Nada de rir, é algo sério! Porque o mais bonito de uma pessoa pode ser sua ingenuidade, sua fé sem limites. Em contrapartida, o mais triste é quando algo lhe arrebata este estado de felicidade, e então se descobre: realmente no mundo turístico não existem milagres!

Nossa história, começa em maio quando decidimos alugar com a Auto Europe (site americano) um carro para a viagem à Irlanda. Pagamos antecipadamente a bagatela de 267€ por 12 dias com kilometragem livre, seguro total com franquia de 1.300 € em caso de alguma avaria ou roubo. Imagina pagar 22,25€ ao dia? Irresistível!

Dirigindo na Irlanda

Resolvemos pegar o carro no aeroporto e assim devolvê-lo no mesmo lugar no último dia da viagem, por duas razões: era o mais cômodo e existia uma taxa para devolução em locais diferentes. Acontece que o único dia da viagem que passei mal foi exatamente quando retiramos o carro. Eu meio enjoada e o Tom pendente de mim, resultado? Não prestamos atenção nos detalhes, e todo mundo sabe onde o diabo mora!

A Auto Europe não tem carros próprios, é uma consolidadora de “rent a car”, como a booking ou a edreams funcionam com os hotéis. Em cada destino eles tem acordos com distintas companhias. Desta vez, o acordo era com a Sixt.

Dirigindo na Irlanda

Até aí tudo tranquilo. O problema começa quando a atendente pede um cartão para garantia do carro (que é normal!) e nos pergunta se queremos ampliar nosso seguro, para que em caso de qualquer problema não tivessemos que pagar a tal da franquia. Como na Irlanda se dirige pela esquerda, e o Tom nunca havia tido esta experiência, achamos prudente pagar 147€ a mais por esta comodidade. Só que ao final não foi esta quantidade que pagamos, mas só nos demos conta no penúltimo dia da viagem. Dei sem querer com a nota fiscal do carro, que colocava 300,06€. O quê?!!! Sim, senhores: trezentos euros! Como assim?

Haviam cobrado 30€ porque atravessamos a fronteira com a Irlanda do Norte. Mais 25,00€ porque pegamos o carro no aeroporto. Os 147,96€ que ao final era a única coisa que nos haviam nos comunicado e que estávamos de acordo. Em cima disto se aplicavam os impostos. Quer dizer, nem os 147 eram ao final 147! O pior? Sem dar nenhuma opção de devolver o tanque cheio, nos cobraram a gasolina sem possibilidade de devolução. Durante a viagem enchemos o tanque com 43€. Mas claro a companhia nos cobrou 57,60€ mais 12,10€ de VAT (imposto), ou seja, 69,70€.

O aluguel ao final saiu por 560€, ou seja 47,26€/dia. O preço continua sendo bom, mas esta sensação que te enganaram é horrível! A Sixt tem menos culpa no cartório mas deveriam ter explicado o que estavam cobrando. Quando devolvemos o carro é que ficamos sabendo o que significavam alguns valores, e tampouco neste momento foram atenciosos.

Dirigindo na Irlanda
Moral: melhor é saber desde o princípio o que se paga e por que se paga! Ou mais simples: o barato sai caro! (risos)

Porque começar uma nova série contando o pior que nos passou? Para alertar aos leitores, para que não lhes passe o mesmo. E ao fim e a cabo para deixar claro que “sempre há uma pedra no caminho”, e acho que não devemos transformá-la em uma montanha que arrase com nossa viagem. Uma pedra é só uma pedra, no nosso caso foi a locação do carro, mas nem por isso deixamos de qualificar Irlanda como uma terra mágica e esta viagem como inesquecível!