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dez 07 2017

A obra de arte mais cara do mundo – A identidade do comprador

A obra de arte mais cara do mundo

No dia 15 de novembro de 2017, a Christie´s vendeu o último quadro de Leonardo da Vinci que se encontrava em mãos de um particular. Na verdade, uma obra cheia de controvérsias porque sua história vai de aparecer e desaparecer, o que eu já contei lá no YouTube e vou deixar o vídeo aqui para vocês.


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O certo é que esta obra se converteu na obra de arte mais cara já vendida no mundo, ao ser adquirida por 450 milhões de dólares \o/

A obra de arte mais cara do mundo – Mas quem comprou?

A casa de leilões não revelou a identidade do comprador, o que é bem comum nestes casos. Mas ontem no Twitter, tudo começou a se elucidar quando a recém-aberta filial do Museu do Louvre em Abu Dabhi anunciou que o Salvador Mundi em breve seria seu residente! Já ficou claro que um árabe havia comprado a tela.
obra de arte mais cara do mundo
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E agora de manhã, li no jornal espanhol “El País” que o “New York Times” já havia publicado a identidade do comprador. E como era de se esperar é um príncipe árabe que não é tão conhecido – Bader bin Abdalá bin Mohamed bin Farhan al Saud. Ele seria de uma rama distante da família real da Árabia Saudita e teria negócios nos seguintes setores: telecomunicações, imobiliário, energético e da reciclagem.

O jornal americano comenta no artigo que o tweet do museu árabe estaria relacionado com suas investigação sobre a identidade do comprador:

A spokeswoman for Christie’s, the auction house that sold “Salvator Mundi,” said it did not comment on the identities of any buyers or sellers without their permission. Prince Bader did not respond to a detailed request for comment. But as The Times was pressing for a response on Wednesday, the newly opened branch of the Louvre in Abu Dhabi, in the United Arab Emirates, tweeted that the painting “is coming to Louvre Abu Dhabi.” The Saudi crown prince is a close ally of his counterpart in Abu Dhabi.

O princípe Bader apenas se apresentou como comprador um dia antes da venda. E como não era um comprador conhecido teve que depositar uma caução de 100 milhões de depósito para poder se qualificar para o leilão. A reportagem (de forma velada) relaciona a compra a atual política do Príncipe Mohammed, que visa recuperar bilhões de dólares de ganhos ilícitos. Daí também a preocupação da casa de leilões com a entrada deste comprador inesperado.

obra de arte mais cara do mundoVale a pena ler a reportagem do “New York Times” pela descrição do leilão. Por exemplo, eles contam que quando os lances alcançaram 260 milhões de dólares apenas dois compradores se mantiveram ativos, o princípe Bader e outro anônimo que também não estava na sala e era representado por um funcionário da Christie´s.

Curiosidade: pensa que só você divide as compras? Nada disso, o príncipe vai pagar a tela do Da Vinci em 6 parcelas mensais de 59.385.416,67, sendo que a última que vence no dia 14 de maio de 2018 terá 2 centavos a mais 😉

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Foto do princípe retirada do jornal “The New York Times”.

Postado por Patricia de Camargo | Marcadores: